A presença de cães abandonados nas ruas, sujeitos à proliferação de doenças e acidentes envolvendo pedestres, ciclistas ou motociclistas, é uma situação comum e corriqueira nas cidades da região. Para tanto, buscando reverter esta realidade, alguns meios são disponibilizados a fim de controlar a reprodução desenfreada de animais, bem como oferecer cuidados e alimentação.
Em alguns municípios, as secretarias de Meio Ambiente dispõem de alternativas que visam auxiliar nestes casos, como em Rio Negro, por exemplo, onde há um projeto em andamento, em parceria com ONGs e canis. Em Agudos do Sul, Mandirituba e Quitandinha, também há a intenção de se implantar e iniciar o projeto de castração dos animais, visando o controle da população canina nas ruas.
Outro município que já vem atuando neste sentido é a Lapa, que conta com o projeto Veterinário Mirim, microchipagem, castração e feira de adoção. “Hoje, o canil conta com aproximadamente 70 animais prontos para adoção e sempre têm pessoas interessadas em adotar”, contou o veterinário Renan de Camargo Bastos, orientando quanto aos cuidados com os animais de rua. “A orientação é para que seja feita a castração dos animais, para evitar a reprodução desenfreada”, explicou.
Após perder a filha de 20 anos, vítima de um câncer, a pienese Cermina Maria de Oliveira decidiu abrir um espaço em sua própria casa e acolher os cães abandonados. “Já são mais de 13 anos acolhendo os animais e hoje cuido de mais de 30 cachorros, fora os que já morreram. Já cuidei de muitos animais, com os mais diversos tipos de doenças e em muitos casos tive o auxílio da população. Atualmente, gasto em torno de R$ 600 mensais com a alimentação dos bichinhos e também recebo muitas doações”, relatou Cermina, fazendo um apelo para que as pessoas não abandonem os animais. “O que você não quer para si, não faça para os animais, pois eles também têm sentimentos. Não soltem mais animais nas ruas”, concluiu.
De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Piên, Jozoel Lesniovski, o município também vem estudando a implantação de um projeto de castração animal. “Esta é uma questão debatida há muitos anos e vem sendo estudada a possibilidade da castração dos cachorros de rua. Pretendemos também promover a conscientização das pessoas para que cuidem dos animais e que pensem antes de pegar um cachorro, para que não soltem depois”, explicou.
