A partir de 2016, as creches de todo o país devem estar preparadas para um grande aumento no número de crianças a serem matriculadas, pois por lei, será dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica já a partir dos 4 anos de idade. Na região, as Secretarias de Educação já se mobilizam para atender o aumento da demanda, sendo que em algumas cidades há dificuldades mesmo antes da lei vigorar. Por outro lado, há também alguns municípios onde há vagas em aberto.
É o caso, atualmente, de Agudos do Sul. Segundo dados da Secretaria de Educação do município, no berçário e maternal existem 118 crianças matriculadas, divididas em sete turmas. Mesmo assim, o poder público está investindo na área. “Estamos construindo uma nova unidade para atender uma possível demanda”, diz a secretária de Educação, Elange de Melo Negrelli. Em Quitandinha não sobram vagas, mas a demanda é atendida. Segundo a documentadora escolar, Danielle Rauth, existem hoje 329 crianças matriculadas nas creches do município. Está sendo construída uma nova unidade, que possivelmente assimilará as crianças que venham a se matricular. Em Tijucas do Sul, a inauguração de um Cmei no fim do ano passado ajudou na efetuação de todas as matrículas requisitadas. O município tem uma lista de espera pequena, segundo a coordenadora de projeto, Maria Vanderléa Cruz. “Hoje temos 375 alunos de 0 a 5 anos matriculados na rede municipal”, conta ela.
Em Mandirituba existem atualmente quatro Cmeis e todos estão lotados. Uma política que o município passará a adotar para resolver essa questão em curto prazo é a divisão do horário parcial e integral por idade. É uma solução para que se tenham mais vagas disponíveis, visto que na lista de espera hoje são quase 200 crianças inscritas, a maioria do berçário. Além disso, os Cmeis já trabalham com horário estendido. “Para resolver esse déficit de vagas, estamos construindo uma nova creche na Vila São João, e no dia 28 próximo, haverá a licitação para outra na Cohab. Além disso, aumentamos a estrutura no Cmei de Queimados e Areia Branca dos Assis”, diz a responsável pelos Cmeis, Regina Pithan. Na Lapa, o número de nascimentos vai de 400 a 600 crianças por ano, o que aumenta consideravelmente as matrículas nas creches. O município conta com sete Cmeis, que atendem 627 alunos em idade de creche, num total de 1165, somando as pré-escolas. Na lista de espera existem 335 crianças de 6 meses a 3 anos. Para sanar essa questão, a prefeitura está construindo mais dois Cmeis pelo programa Proinfância e construindo salas em outros dois.
Já em Rio Negro, a lista de espera que existia foi vencida na semana passada. O município, que conta com seis Cmeis, atende 770 crianças de 0 a 3 anos e 813 de 4 a 5 anos. O atendimento também é feito nas escolas do município para as crianças em idade pré-escolar. “Estamos trabalhando na construção de novas salas para atender a demanda”, diz o secretário de educação, Alessandro von Linsingen. Em Piên também existe uma lista de espera, que segundo dados da Secretaria de Educação do município, tem em torno de 30 crianças. Em idade de creche são 341 crianças matriculadas nos Cmeis e em algumas salas de jardim nas escolas. Segundo a secretária de Educação, Maristela Wendrechovski, o poder público está se preparando para o aumento da demanda. “Esses dois últimos anos já foram bem movimentados. Houve uma procura muito grande, e aumentamos as vagas em 50%”, diz. “Estamos nos preparando gradualmente, por que afinal, não são só as vagas que aumentam, também os custos, como pessoal e merenda. Esse ano adaptamos algumas salas no Peti para poder atender mais crianças”, complementa Maristela. No município também está sendo construída mais uma creche, com recursos do FNDE, através do Plano de Ações Articuladas (PAR).