A dificuldade em encontrar profissionais qualificados e a busca por eficiência tem levado empresas a reverem o modelo tradicional de terceirização. A prática de contratar profissionais pelo chamado headcount, voltada apenas à alocação de mão de obra, vem sendo substituída por soluções mais estratégicas, com foco na entrega de resultados.
Renato Pádua, Gerente Comercial da RH NOSSA, observa que essa transição é cada vez mais evidente e tem conquistado o mercado, principalmente com a automatização de processos e o emprego de tecnologia no ambiente fabril:
“As empresas perceberam que pagar por presença não resolve os problemas operacionais. O foco agora está na produtividade e responsabilidade compartilhada pela entrega”, afirma.
Durante anos, o modelo conhecido como body shop, que consiste na simples alocação de profissionais, foi adotado para suprir demandas pontuais. No entanto, segundo Pádua, esse formato apresenta limitações como a dificuldade de mensurar desempenho, a imprevisibilidade nas entregas e o ônus operacional que permanece com o contratante:
“A empresa não contrata mais horas de trabalho, e sim uma solução completa. Com isso, quem assume o compromisso pelo resultado é o parceiro, e não o cliente”, explica Pádua.
A metodologia nessa entrega envolve uma estratégia conhecida como Engenharia de Serviços, que permite mapeamento de gargalos, planejamento sob medida e acompanhamento dos indicadores de produtividade. O objetivo é que o retorno seja mais claro sobre o investimento, aliviando as empresas de preocupações como trocas de pessoal ou treinamento constante:
“Essa mudança não é apenas de formato, mas de mentalidade. É uma transformação na forma de pensar eficiência dentro das organizações”, conclui Renato.