Com atendimentos especializados e ações de conscientização, órgãos buscam ampliar as medidas de combate a discriminação e preconceito contra os portadores do autismo
O mês de abril é considerado especial para a sociedade na abordagem do Transtorno do Espectro Autista (TEA). No último domingo, reforçando as medidas para reduzir as formas de discriminação e preconceito, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Estimativas mundiais mais recentes apontam para cerca de 70 milhões de pessoas com autismo, sendo 2 milhões delas no Brasil. Atualmente, conforme dados coletados nas redes municipais de ensino, estão identificadas cerca de 480 crianças com laudo para esta condição nos dez municípios locais, que se caracteriza pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, comprometendo a capacidade de interação social, comunicação e linguagem.
Em toda a região, órgãos e entidades trabalham, da maneira mais humanitária possível, para acolher os autistas e seus familiares, como é o exemplo da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA) de Piên, presidida por Adriana Damas Rosa, que detalha os atendimentos no local. “A AMA deu seu pontapé em 2019, com a busca pela formalização da Associação e, em 2021, começaram os atendimentos especializados. Hoje, são cerca de 60 crianças atendidas nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia e equoterapia, que utiliza os cavalos em suas sessões”, conta.
Segundo Adriana, o principal objetivo da AMA, que foi idealizada por iniciativa de pais de autistas e membros da comunidade, é dar o acolhimento àqueles que necessitem. “Os atendimentos são voltados ao público de 2 a 17 anos e nosso principal objetivo é disponibilizar os atendimentos em terapias de forma gratuita, sendo referência para cidades vizinhas. Contamos com apoio do poder público e empresas locais, que abraçaram esta causa e nos ajudam a oferecer estes serviços”, comenta a presidente, da Associação, destacando todo o suporte dado as famílias. “A cada dia é uma luta e precisamos que a sociedade, pais e familiares estejam unidos para ajudar as crianças, dando atenção, afeto e carinho”, finaliza.
Sinais – Entre os principais sinais do autismo estão dificuldade de comunicação por deficiência na linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O transtorno pode se apresentar grau leve, moderado ou severo. A condição pode estar classificada clinicamente em autismo clássico, no qual o grau de comprometimento é muito variado; o autismo de auto desempenho, no qual os pacientes têm as mesmas dificuldades que os outros autistas, mas em uma medida bem reduzida; e o distúrbio global do desenvolvimento em outra especificação, quando os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo, mas os sintomas são insuficientes para incluí-los em algumas das categorias específicas.