Chegar ao ensino médio é um momento muito desejado pelos estudantes. É notável a euforia na festa de formatura com a conclusão de um ciclo que envolveu vários anos de dedicação em sala de aula.
A partir daí, algumas escolhas precisam ser feitas, consequência de um turbilhão de dúvidas e incertezas entre os jovens. Surgem questionamentos sobre o passo seguinte ao término do ensino médio e, principalmente, em relação à decisão de prestar ou não vestibular e qual curso escolher.
O jovem Vagner Mateus de Souza, de 16 anos, está no 3º ano do Colégio Estadual Alfredo Greipel Junior, em Piên, e já vem se preparando para a realização do Enem e do vestibular. “Minha dedicação aos estudos é de tempo integral. Estudo no período da manhã e à tarde sempre leio, revejo conteúdos que vão cair em provas e treino redação. A preparação para o Enem também é puxada, porque não é uma ‘decoreba’ e tem que aprender todo o conteúdo para a prova”, conta.
Alimentando o sonho de ser aprovado no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o estudante afirma que tem o incentivo da família e dos professores quanto à escolha do que pretende cursar. “Eu estou entre prestar vestibular para direito ou medicina, e como meus irmãos não conseguiram fazer faculdade, meus pais querem me dar essa oportunidade. Os professores também me apoiam e me dão dicas do que devo estudar”, comentou.
Segundo o professor Helinton Charles Maahs, estão sendo realizados simulados para verificar o desempenho dos estudantes. “Os alunos fizeram um teste do Enem, em que eles se inscreveram através de um site do próprio governo e tiveram uma noção de que nota teriam e em que curso poderiam passar. Isso estimula o aluno a estudar cada vez mais e verificar seus pontos positivos e negativos”, afirmou.
Maahs destaca ainda que os estudantes também participam de exames vocacionais para ajudar na escolha da profissão a ser seguida. “Alguns alunos já têm a ideia desenvolvida sobre qual curso pretendem e outros ainda estão indecisos. O próprio colégio faz exames vocacionais, há empresas que fazem esse trabalho voluntariamente e têm feiras de profissões que podem ajudá-los a escolher sua profissão”, concluiu.
Os amigos Gustavo Lesinhovski e Ricardo Santos, ambos de 17 anos e moradores de Tijucas do Sul, já sabem exatamente o que cursar. “Estou estudando bastante pois pretendo fazer engenharia mecânica, é uma área que me identifiquei após ajudar meu pai na instalação de sons para carro”, contou Gustavo. Já o jovem Ricardo optou por uma especialidade que envolva os cálculos. “Quero fazer o Enem porque é uma forma de ingresso na faculdade. Tenho a intenção de cursar ciências contábeis, pois sempre tive habilidade com a matemática e números”, finalizou.
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