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novembro
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2024

Incêndios em vegetação têm queda de 20% na região

Temperaturas elevadas e clima seco favorecem os focos de incêndio na vegetação. Foto: Arquivo/O Regional
Conforme dados do Corpo de Bombeiros, cidades locais tiveram 280 ocorrências em 2020 e 223 no ano passado  

O período de temperaturas elevadas e de seca, em que as chuvas têm sido moderadas, há uma preocupação em relação aos incêndios em vegetação. Estas ocorrências são frequentemente atendidas pelas equipes do Corpo de Bombeiros em toda a região.  

Dados obtidos junto ao Sistema de Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná, apontam para uma queda de 20% no número de registros de incêndios ambientais no suleste paranaense entre 2020 e 2021. No ano passado, foram 223 situações atendidas, contra 280 no período anterior.  

O Cabo Antonio Bossi Junior, Chefe de Socorro do Corpo de Bombeiros de Rio Negro, explica que uma série de fatores podem ocasionar em incêndios em vegetação, como o conjunto de ações materiais, humanas e naturais que possam produzir ou transmitir o fogo. “As causas de incêndios têm a classificação natural, a qual independe da vontade ou ação do homem, como por exemplo os raios; a dolosa, que é caracterizada pela intenção ou consumação do fato, constituído o crime, como ocorrências causadas por incendiários; a culposa, que ocorre por imprudência, imperícia ou negligência; e a acidental, fator que produz uma causa independente da vontade humana, sem haver culpa ou dolo”, detalha.  

Segundo o Cabo, há uma diferença entre os incêndios urbano e florestal. “No incêndio urbano o Corpo de Bombeiros é rapidamente avisado, podendo atuar no combate ao princípio do incêndio, tornando o trabalho mais fácil. No florestal, devido ao isolamento da floresta, normalmente quando ocorre o aviso, já existem grandes extensões de fogo e uma larga área já foi devastada. E as proporções já podem ter atingido a necessidade de um dispositivo de reação muito grande”, comenta o profissional, enaltecendo a atuação da equipe no combate às chamas. “Os processos de extinção contemplam a retirada do material combustível, que caracteriza-se este processo de extinção pela retirada do material combustível impedindo deste modo que o fogo continue; o resfriamento, na qual consiste na redução ou eliminação da energia produtora da reação em cadeia (calor). Baixando a temperatura, não ocorrerá a evolução e a continuação do fogo, pois foi baixado o ponto de ignição do combustível; e o abafamento, que visa em impedir que o comburente, oxigênio contido no ar atmosférico, permaneça em contato com o combustível em porcentagens suficientes para a combustão. Este processo é largamente usado no combate a incêndios florestais, quer usando terra ou com abafadores”, complementa.  

O bombeiro explica ainda sobre as queimas controladas, na qual em muitas situações o emprego do fogo pode ser uma medida eficiente no controle dos incêndios florestais. “Quando for realizar este tipo de combate, devem ser observados os fatores ambientais, tais como velocidade e direção do vento, umidade relativa do ar e condições atmosféricas. Em hipótese alguma novos incêndios florestais devem ser gerados devido ao emprego das técnicas de queima. A queima pode ser realizada com a finalidade de se aumentar um aceiro, também chamada de fogo de eliminação, bem como pode ser empregada por meio da técnica fogo contra fogo, onde é feito um fogo à frente da cabeça do incêndio de modo que este “caminhe” de encontro ao fogo principal, consumindo o combustível florestal, porém com menor velocidade de propagação devido ao fato de estar progredindo contra a direção do vento”, detalha o Cabo, alertando para punições para quem provoca incêndios ambientais. “A lei 9.605/98 dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e em seu artigo 41 é determinado que provocar incêndios em mata ou floresta é crime, inclusive na forma culposa, tem como penalidade máxima reclusão de dois a quatro anos e multa”, conclui.  

Incêndio em vegetação. Arte: O Regional
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