São eles quem ensinam a escrever e ler as primeiras palavras, a fazer contas matemáticas e, principalmente, a formar cidadãos do bem. Os professores são considerados fundamentais na formação de toda a sociedade, apesar de algumas dificuldades que esta profissão enfrenta ao longo da carreira. Neste sábado, será celebrado o Dia dos Professores e o jornal O Regional buscou histórias destes profissionais e suas experiências em sala de aula.
Quem tem boas histórias e bons apontamentos quando o assunto é educar em sala de aula é a professora aposentada Anair Bronze Figura. Conhecida por boa parte da população quitandinhense, por lecionar 32 anos no município, ela conta que os tempos antigos também tinham os seus desafios. “Era diferente, a direção da escola colocava regras duras, como por exemplo, roupas compridas e aproveitamento do caderno”, descreve a professora, falando também da sua forma de educar. “ Eu encontrei uma forma diferente de ensinar e pelas notas percebi que eram boas estratégias. Eu até deixava eles conversarem durante a aula e alguns alunos eu liberava cinco minutos antes, desde que eles correspondessem na execução das atividades. Usava histórias, jogos e não deixava a aula ficar cansativa”, enfatizou. Nesta época, segundo a professora aposentada, havia também uma disparidade financeira, onde muitos alunos tinham tudo e outros chegavam na sala de aula descalços e o caderno dentro de um pacote de arroz.
Questionada se ela voltaria a dar aulas nos tempos de hoje, ela conta que teria vontade sim, porém, gostaria de ter mais liberdade para tratar de assuntos do cotidiano. “Hoje eu sonho com uma escola mais aberta que pudesse falar de política, sexo e outros temas atuais”, concluiu. Anair tem quatros filhos, destes, três são professores.
Seu jeito extrovertido, cheia de ideias e sempre sorrindo a cada ano conquista o carinho de todos os alunos. A professora Bianca de Lima, que há 20 anos leciona no município de Piên, também recorda de grandes momentos que marcaram sua carreira. “Prestei concurso público e fui chamada para lecionar na comunidade do Palmitinho. Depois, abriu uma vaga na escola Alminda Antônia de Andrade, em Trigolândia, onde atuei por aproximadamente 10 anos, um período que me marcou muito”, contou Bianca, lembrando ainda dos outros espaços onde atuou durante a carreira, estando à frente da Associação Despertando Estrelas, além de ser professora e diretora em creches do município. Atualmente, vem trabalhando como professora de artes na Escola Marciano de Carvalho.
Bianca também destacou que foram muitas as mudanças na educação e dos alunos, mas que apesar das dificuldades se sente realizada pela profissão. “Eu faço o que gosto e acho que não sei ser outra coisa, senão professora. Desejo parabéns a todos os professores e que não desanimem, pois o mundo depende de nosso trabalho”, conclui.