domingo, 8
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dezembro
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2024

Grupos mantêm tradição da folia de reis

Grupo de reis que esteve visitando casas na área central de Piên no último fim de semana. Foto: Arquivo/O Regional
Em toda a região, famílias receberam, no últimos dias, a visita dos reis que anunciam o nascimento de Jesus

Uma tradição passada de geração em geração e que todos os anos emociona a comunidade católica local, a folia de reis, como é popularmente conhecida, mantêm o legado também em toda a região, com grupos formados por homens visitam as casa para anunciar e comemorar o nascimento de Jesus.

Esta celebração é lembrada anualmente em 6 de janeiro, data dedicada no calendário litúrgico como a Epifania do Senhor e que faz memória a visita dos três reis magos que levaram presentes – mirra, ouro e incenso – ao menino Jesus após serem conduzidos pela estrela guia.

Marcos Mielke, um dos integrantes do grupo de reis que percorre a área central de Piên, conta que a ideia da formação da equipe surgiu há mais de 25 anos, com o objetivo de levar mais alegria às famílias locais, anunciando a boa nova. “Na época, surgiram muitos pedidos para que se fosse cantar nas casas e em conversa com o Joacir Mendes, José Valdivino da Cruz, José Loir Dreveck (in memorian) e Mauricio Muziol houve a ideia de montar o grupo. Hoje, o grupo é um pouco maior e conta também com a participação do Emerson Mendes, Emerson Schreiner, Manoel da Rocha, Denilson Rodrigues e Carlinhos. Nosso intuito no futuro é ir treinando o pessoal para fazer dois grupos devido à alta demanda de visitas”, conta.

Segundo Mielke, toda a equipe faz uma preparação especial para que possa difundir a mensagem que a data propõe. “É uma preparação com muito amor e responsabilidade, pedindo para que o Espírito Santo nos ilumine para que possamos transmitir as boas vindas do nascimento de Jesus e do novo ano que se inicia. É algo muito gratificante, pois as pessoas são de muita fé e a maioria se emociona com a presença dos reis”, comenta o pienense, descrevendo a sensação em participar desta tradição. “É um sentimento de dever cumprido como cristão, de poder fazer algo pela sociedade. Pedimos a Deus para dê muita saúde e paz a todos ao longo deste ano”, finaliza.

Participando há mais de 40 anos desta celebração, Jabob Ciecilinski compartilha como é a presença dos reis na comunidade de Palmitos, em Agudos do Sul. “Somos em cinco grupos, com cinco pessoas cada, totalizando 25 participantes que saem cantar na comunidade. Neste ano, foi uma média de 175 casas visitadas pelos reis. As equipes fazem o ensaio dos cantos e se reúnem na igreja, no dia 5, e iniciamos a visitas, com encerramento na igreja com a missa no último domingo”, descreve.

Ciecilinski enaltece ainda a devoção das famílias diante da tradição. “O povo recebe os reis com muita fé, em que a cantiga dos reis é uma grande proteção para a comunidade dos vendavais e granizo e para criação dos animais”, conclui.

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