O ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, um dos acusados de envolvimento nos crimes cometidos contra o prefeito eleito Loir Dreveck e contra o técnico de segurança do trabalho Genésio de Almeida, falou publicamente sobre o caso após quase um ano e meio. Agora em liberdade monitorada, ele concedeu entrevista que foi ao ar na terça-feira na RIC TV, filiada à rede Record no Paraná.
O início da entrevista trata sobre o dia do atentado contra Dreveck, quando Dranka se disse surpreso com o crime. Conta que estava em seu gabinete e que foi o primeiro a ligar para a polícia e lideranças políticas pedindo investigação, bem como socorro.
Segundo ele, virou réu por denúncia anônima e por fofoca de dentro do município, porque foi prefeito por oito anos e tinha aprovação de mais de 80%. “Arrumei muito inimigo, principalmente inimigo político. Que eles queriam ver nossa administração fora da prefeitura”, relata. Ele cita uma ligação entre Orvandir Pedrini, o Gaúcho, acusado de ser intermediário no crime, e sua advogada, onde ele teria delatado alguns nomes, mas não o seu.
Dranka cita ainda depoimento de Gaúcho à polícia, dizendo que seu nome também não foi citado, mas que, três dias depois, foi preso. “Eu gostaria de fazer essa pergunta pra ele olhando no olho dele: por que ele foi incluir meu nome?”, fala Dranka, dizendo que não teve envolvimento e que é inocente. “O Loir era meu companheiro, meu amigo, meu candidato, ele foi meu secretário por oito anos”, disse.
Questionado pelo repórter Daniel Santos pela forma como agiu antes da prisão, Dranka falou que quando acordou ouviu barulhos e viu pessoas encapuzadas e se escondeu de medo de morrer, pois havia sofrido ameaças de morte durante a campanha eleitoral. “Muitos amigos meus falavam: se cuide Gilberto porque mataram o prefeito errado. Eles queriam matar você”, disse, argumentando que foi o único a se esconder no fundo falso porque era ele que tinha recebido ameaças.
Seu advogado, Claudio Dalledone Junior, falou que Dranka reúne condições de ver sua inocência reconhecida pelo povo e que é inocente. “Ele é vítima, sim, de uma armadilha política que levou a uma hipótese levantada pela polícia”, disse, complementado que essa hipótese será submetida ao crivo do povo, ao tribunal popular.