sábado, 27
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abril
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2024

Frutas vermelhas se consolidam como alternativa de renda na agricultura familiar

Aldésio Kurovski cultiva 1,5 mil pés de amora, com produção de duas toneladas da fruta. Foto: Arquivo/O Regional
Aldésio Kurovski cultiva 1,5 mil pés de amora, com produção de duas toneladas da fruta. Foto: Arquivo/O Regional
Com possibilidade de consumo in natura, sucos e geleias, opções como morango e amora têm fomentado na renda dos produtores da região, atraindo visitantes para a colheita de frutas diretamente das plantações

Além dos benefícios para a saúde, aliados a variedade de receitas, as frutas vermelhas se tornaram uma considerável alternativa de renda para os produtores locais. Entre as principais variedades em destaque nesta época do ano estão o morango, amora, uva, ameixa e o mirtilo.

Na região, além da uva que anualmente se destaca pela produtividade nas cidades locais, a amora e o morango também ganharam um espaço nas propriedades rurais e têm fomentado a renda dos agricultores da região, atraindo visitantes para a colheita diretamente das plantações. Considerando apenas essas duas culturas, o faturamento em 2022 nos dez municípios do suleste paranaense, conforme dados do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), foi de R$ 55,3 milhões.

Com cerca de 1,5 mil pés plantados e uma rentabilidade média de duas toneladas, o pienense Aldésio Kurovski, juntamente com o pai Adolar Kurovski, tem se destacado ano a ano na produção de amoras; “Começamos em 2017, com 200 pés, e aos poucos fomos expandindo a produção. É uma fruta de fácil manejo e que não depende de produtos químicos para seu desenvolvimento”, conta.

Kurovski conta que, devido a poda antecipada, a produção desta ano também adiantou. “A colheita, que começou no início de novembro, leva uns 45 dias. A fruta é colhida a cada dois dias, no início da manhã ou no final da tarde, e as pessoas podem apreciar a produção e colher os frutos direto da amoreira”, detalha o produtor, falando as possibilidades de consumo da amora. “Pode ser utilizada para o consumo in natura, em sucos, geleias e demais receitas”, finaliza.

Cultivando morangos há cinco anos, a produtora Rosana Gabardo Pallú, da localidade de Colônia Retiro, em Mandirituba, encontrou na fruticultura uma forma de rentabilidade e qualidade de vida. “Eu e minha família decidimos morar no campo para termos mais qualidade de vida, comida saudável, água e ar puros e trabalharmos em meio à natureza. O cultivo do morango nos proporciona tudo isso e a rentabilidade, com o cultivo de 20 mil pés. Para o próximo ano a expectativa é dobrar a quantidade”, conta.

Segundo Rosana, as condições do clima desta safra acabaram influenciando na produtividade. “Devido a fatores climáticos, a produção foi baixa, mas com o acompanhamento do IDR e do Senar, conseguimos uma ótima qualidade da fruta, e isso faz com que o preço compense”, afirma a produtora, enaltecendo a importância da cultura da fruta para o desenvolvimento local. “Trabalhamos com agricultura familiares, empreendedorismo, cooperativismo e colaboramos com o fortalecimento agrícola do município”, completa.

Em 2021, a produtora de morangos de Mandirituba, conquistou a segunda colocação no Prêmio Produtor Rural 4.0/Categoria Pequena Propriedade, concedido pela Agrobit Brasil. A premiação é referente à inovação e tecnologia no meio rural e busca incentivar produtores rurais que promovem a inovação no setor agropecuário, em busca da sustentabilidade econômica, social e ambiental.



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