Com a chegada das festas de fim de ano, marcado por celebrações que, muitas vezes, envolvem refeições fartas, consumo de álcool e noites maldormidas e energéticos se torna um perigo para o coração. Cardiologistas alertam que esses excessos podem sobrecarregar o coração, especialmente em pessoas com histórico de doenças cardiovasculares.
Segundo Dr. Jose Knopfholz – Cardiologista da Sociedade Paranaense de Cardiologia, esse cenário pode representar um risco à saúde do coração muito maior que em outras épocas do ano:
“Durante as festas, é comum observar um aumento nos atendimentos por arritmias, hipertensão e até infartos. Isso se deve à combinação de estresse, alimentação inadequada e uso de substâncias estimulantes, como os energéticos”, explica.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicam que o número de internações por problemas cardíacos pode aumentar em até 30% no período das festas. O consumo de bebidas energéticas, por exemplo, pode causar taquicardia e elevação da pressão arterial, especialmente quando associado ao álcool:
“A mistura de energético com bebida alcoólica é particularmente perigosa, pois mascara os efeitos da embriaguez e sobrecarrega o sistema cardiovascular”, destaca dr. Knopfholz.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças do coração são as principais causas de morte no mundo, correspondendo a 32% de todas as vidas perdidas. Por ano, são cerca de 17,9 milhões de óbitos decorrentes da doença.
Já a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que mais de três quartos dessas mortes ocorrem em países subdesenvolvidos. Na América Latina, estima-se que 28% das mulheres e 43% dos homens não saibam que têm cardiopatias.
Segundo o médico, o excesso de sal e gordura presente em pratos típicos das ceias de natal e ano novo pode agravar quadros de hipertensão e insuficiência cardíaca. A recomendação do especialista é manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo exagerado de álcool e priorizar o descanso, sem que seja necessário deixar os festejos de lado:
“Celebrar é importante, claro, mas com moderação, o coração agradece e, cuidando bem dele, as pessoas poderão estar presentes em muito mais festas”, orienta Dr. José.

