segunda-feira, 6
 de 
maio
 de 
2024

Fazenda Rio Grande veta projeto para criação de 54 cargos comissionados

Prefeitura conta com 2 mil e 600 servidores, entre efetivos e comissionados. Gasto com salários está acima do índice permitido. Foto: Arquivo/O RegionalA elaboração de um projeto de lei que cria 54 novos cargos comissionados causou grande polêmica em Fazenda Rio Grande. O documento, proposto pelo prefeito Marcio Wozniack, foi aprovado, em segunda votação, pelos vereadores por 9 votos a 4 na última semana. Mas na manhã de ontem, o mesmo foi vetado pela prefeitura.

O projeto em questão previa a criação de cargos para vários setores, com salários que variam de R$ 10 mil a R$ 13 mil. Moradores acompanharam a aprovação do projeto e questionaram a medida adotada pela prefeitura. Entre os principais pontos levantados pelos manifestantes, esteve o atual número de comissionados existente no município e o alto índice da folha salarial, hoje acima do limite exigido pela lei de responsabilidade fiscal. Outra questão esteve que o município realizou no último final de semana o concurso público e que estas novas vagas deveriam ser preenchidas por pessoas aprovadas neste processo e não por indicação política.

Em um primeiro momento, a prefeitura justificou que a criação deste projeto seria uma adequação necessária, sendo que a maioria destes cargos seriam disponibilizados para os setores da Saúde e da Educação. “Neste segundo semestre, pretendemos inaugurar o hospital e a maternidade e outras três novas creches, onde serão necessários servidores que ocupem cargos de direção e sejam, consequentemente, comissionados. Atualmente, contamos com 172 vagas para funções em comissão e cerca de 150 estão preenchidas”, detalha o secretário municipal de Administração, Claudemir de Andrade. “Esta criação de novos cargos é uma permissão para usá-los, não significando que vamos preenchê-los todos. Serão somente casos específicos e atendendo as exigências de escolaridade e experiência na área, conforme determina o Tribunal de Contas. Esta alteração é motivada principalmente para possibilitar o funcionamento da maternidade, onde estamos estudando a melhor maneira para realizá-lo”, explica Claudemir.

Ainda de acordo com a prefeitura, o município conta hoje com 2.600 servidores e apenas 8% é composto por cargos comissionados, dos quais metade são servidores efetivos que assumiram funções de direção. “Temos uma política de valorizar os funcionários que já estão trabalhando no setor e tem muitas vezes um conhecimento maior de como funciona o serviço público”, destaca Claudemir, justificando os altos índices com pessoal. “A folha de pagamento está em 54,90%. No entanto, temos 60 médicos especialistas, com salários de R$ 25 mil em média, que são concursados, diferentemente de outras prefeituras que terceirizam este serviço e assim não contabilizam estes gastos na folha de salários. Se não fosse este fator, teríamos um percentual de 51,89%, dentro dos parâmetros da lei”, concluiu Claudemir.

Para justificar o veto ao projeto de lei, a prefeitura informou que será elaborado um amplo estudo para reestruturação do quadro de pessoal. O executivo prestará maiores esclarecimentos sobre esta medida nos próximos dias.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email