O gasto com pessoal está entre as principais dores de cabeça dos gestores municipais em toda a região. Em Fazenda Rio Grande, a prefeitura fez uma série de ajustes para conter gastos, mesmo assim atualmente 56% da receita é destinada para o pagamento dos servidores, acima dos 51,3% do limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o secretário municipal de Administração, Claudemir de Andrade, a prefeitura adotou ainda no ano passado todas as medidas para reduzir gastos com a folha salarial. “Foram mais de 130 exonerações de cargos comissionados, além da redução de gratificações e outras medidas adotadas. Atualmente, contamos com 113 servidores em comissão, que representam 4,35% do quadro total de funcionários”, detalha Claudemir. Mensalmente, a prefeitura gasta R$ 8,7 milhões com salários de 2.713 servidores.
O executivo justifica que o alto índice com o gasto de pessoal é decorrente da queda de arrecadação nos últimos anos. “A receita não acompanhou o aumento da demanda de serviços e isto é realidade para a grande maioria das prefeituras do estado. Somente neste ano, foram contratados mais de 300 profissionais para a área da educação e de 100 para a saúde. Mesmo sabendo desta dificuldade financeira, não podemos deixar setores prioritários sem professores e médicos”, ressalta Claudemir. “Estamos reduzindo custos de todas as formas e todos os cortes possíveis foram feitos. Esperamos normalizar esta situação ainda neste segundo semestre”, concluiu.