Depois de dois meses seguidos de queda, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação do Paraná voltou a crescer. Subiu 3,9 pontos em agosto, após cinco meses de queda consecutiva, ficando em 51,6 pontos, numa escala que vai até 100. Também houve leve alta de 0,4 ponto em relação a agosto de 2017. Apesar disso, o número ficou um pouco abaixo da média nacional, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que foi de 53,3 pontos em agosto, um crescimento de 3,1 pontos na comparação com julho.
A região Sul do Brasil também foi a que apresentou maior crescimento este mês, com 4,3 pontos de alta em relação ao mês anterior, chegando a 53,9 pontos. “A confiança do empresário paranaense ficou abaixo da média da região sul, fato que pode ser atribuído ao forte impacto que a paralisação nacional dos caminhoneiros causou por aqui. Mas o crescimento, mesmo que moderado após um período de baixa, já mostra um certo otimismo em relação ao restante do ano, que vinha registrando certa confiança até maio, quando houve a greve no transporte rodoviário”, explica o economista da Fiep, Marcelo Alves.
Em âmbito nacional, o estudo na CNI mostra que com a variação, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) se afastou da linha divisória de 50 pontos, o que significa que o empresário retomou a confiança na economia. Porém, o índice que este mês superou o registrado nos últimos dois meses, ainda é inferior ao registrado em maio deste ano, antes da paralisação dos caminhoneiros.
Para a Fiep, a melhora no indicador de confiança no Paraná é decorrente do aumento de 4,5 pontos no Índice de Condições, que atingiu a 45,7 pontos em agosto, mas ainda permanece na área do pessimismo, onde está há quatro meses. Já o Índice de Expectativas subiu 3,5 pontos, chegando a 54,5 pontos, na área de otimismo. Estes dois índices, o de Condições e o de Expectativas, compõem o ICIT-PR. “Apesar da sensível melhora nos números, o empresário paranaense da indústria de transformação ainda entende que as condições da economia e da empresa não estão tão boas quanto ele gostaria que estivesse, ou seja, ainda há um longo caminho a ser percorrido para recuperação do setor”, resume Alves.
No Paraná, quando comparado agosto de 2018 com o mesmo mês de 2017, o índice de Condições – que mede a visão do empresário sobre a condição atual de sua empresa e da economia, registra queda – 2,7. Porém, apresentou aumento de 4,5 pontos em relação a julho deste ano.