Pensamento crítico, adaptabilidade e fluência digital lideram a lista de competências mais valorizadas, destacadas em relatórios recentes como essenciais para o sucesso profissional. Dados da pesquisa Leadership Outlook, do Evermonte Institute, mostram que 70% dos empregadores agora priorizam as chamadas soft skills, ou habilidades não curriculares, no momento da contratação.
Os executivos ouvidos pela pesquisa também apontaram a agilidade (55,9%), o pensamento crítico (54,1%), a tomada de decisões (52,5%), a negociação (51,2%), a flexibilidade (45,9%) e a criatividade (37,8%) como soft skills indispensáveis para a contratação:
“Quando falamos em soft skills, normalmente nos referimos a algo que não está no currículo, mas sim na atitude das pessoas. Por isso, é tão importante saber enfatizar esses pontos em uma entrevista de emprego”, diz Karina Pelanda, gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.
Diferenciais que transformam o currículo
O pensamento crítico permite resolver problemas complexos, enquanto a adaptabilidade garante resiliência em cenários incertos — duas qualidades indispensáveis no ritmo acelerado de 2025. Já a fluência digital, que inclui o uso de ferramentas de automação e análise de dados, é um requisito básico para cargos em tecnologia e gestão.
Karina lembra que grande parte da seleção de talentos, ao menos nas fases iniciais, já está sendo conduzida com o auxílio da inteligência artificial, o que torna a apresentação dessas soft skills um desafio extra:
“Nos cadastros não haverá um campo específico para essas habilidades, já que são características pessoais. Por isso, o candidato deve optar por relatar como resolveu determinados problemas e utilizar palavras-chave, como ‘negociei o prazo e o resultado foi X’. Cada palavra conta na hora da seleção”, finaliza Pelanda.
