Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) disputam no próximo domingo a eleição presidencial com os ânimos mais acirrados e que envolvem nomes da esquerda e extrema direita, contrariando as expectativas do início da campanha que era a presença de um candidato do centro no segundo turno. Bolsonaro e Haddad são os opostos e o crescimento de um é exatamente em decorrência da negação do outro.
Bolsonaro se firmou como o anti-petismo, ou seja, alguém capaz de vencer e ir contra tudo o que o Partido dos Trabalhadores (PT) representa. Já Haddad é a representação real do ex-presidente Lula e a perspectiva de dar novamente ao Brasil o bom momento vivenciado na primeira gestão petista à frente da presidência da República.
Até o momento, os institutos de pesquisas dão vitória para Jair Bolsonaro, que inclusive, venceu com larga vantagem o primeiro turno das eleições. Mas Haddad acredita que é possível surpreender e chegar à vitória.
A eleição entre esses dois candidatos de perfis totalmente diferentes vem sendo marcada por muitas denúncias e as chamadas fake news – mensagem falsas que se espalham pela internet. Bolsonaro vem recebendo muito apoio de empresários, produtores rurais e boa parcela do meio político. Já Haddad contra com a simpatia de parte dos veículos de comunicação, artistas e intelectuais.
No primeiro turno, Jair Bolsonaro venceu em 17 estados brasileiros, com a maior diferença de votação em Santa Catarina. Já Haddad venceu em 9 estados. Ciro Gomes venceu apenas no Ceará.
A expectativa é que o resultado da eleição no domingo seja rápido e, antes mesmo de anoitecer, os brasileiros já saibam quem será seu novo presidente.