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2024

Eleitores do voto facultativo reforçam o interesse em participar da eleição

Hilton Teixeira enfatiza a necessidade da escolha correta. Foto: Arquivo/O RegionalOs inúmeros escândalos de corrupção e a descrença com a classe política têm feito com que muitos eleitores não tenham desejo de participar das eleições. No entanto, o voto continua sendo o principal exercício de cidadania e a única oportunidade de mudança em relação ao sistema político do país. Talvez por essa razão é que vivemos um contraste em se tratando de eleitores que obrigatoriamente deveriam votar e não participam do processo e daqueles que não são obrigados e fazem questão de participar.

De acordo com números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos dez municípios da região são contabilizados 203 mil eleitores aptos para votação, desse total, 2.800 tem idade entre 16 e 17 anos e 10.500 acima dos 70 anos, ou seja, dois grupos de eleitores que têm voto facultativo.

Aos 17 anos, a jovem Késsia Jamile Ribas de Freitas, de Quitandinha, irá votar pela primeira vez, mas ainda não escolheu seus candidatos. “Vou me inteirar das propostas, principalmente para ampliar o acesso ao ensino superior, e conhecer mais detalhadamente o perfil de cada um, sabendo se é honesto e se cumpriu o que prometeu, caso esteja com mandato em vigência”, relata Késsia, lamentando a corrupção do sistema político. “Confesso que até mesmo penso em votar nulo, mas devo reconsiderar”, conta.

Ex-vereador de Agudos do Sul entre os anos de 1982 e 1988, Hilton Mujol Teixeira, hoje morador de Piên, não pensa em abrir mão de votar. “Estou com 76 anos e votarei até quando for possível. A política é necessária e o eleitor não pode perder a oportunidade de buscar modificar e melhorar o Brasil”, diz Hilton. Para ele, a corrupção comprometeu todo o processo. “Se existem políticos corruptos é porque existem eleitores que se corrompem. Por isso, não podemos vender os nossos votos, precisamos votar conscientes, afinal nossa escolha vale por quatro anos, diferentemente do que se ganha para vender o voto”, ressalta.

Sentimento semelhante vive o mandiritubense João Borges, de 82 anos, que também não deixa de votar. “A cada nova eleição, renovo a esperança de que tenhamos políticos bons, honrados e comprometidos com as causas públicas nos representando. Por isso, eu considero que participar da eleição é um dever essencial e que deve ser exercido por todos nós em busca de um país melhor”, destaca.

Késsia, Hilton e João estão no grupo de voto facultativo, não são obrigados a votar, mas demonstram o real interesse pela eleição.

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