segunda-feira, 25
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novembro
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2024

É preciso iniciativa e interesse

O desenvolvimento de muitas cidades está diretamente relacionado a infraestrutura e acesso que possuem. Quanto mais precários forem esses dois aspectos, maior será a dificuldade de crescimento e prosperidade. Na região, existem dois exemplos bem acentuados da falta de investimento público e ampliação da perspectiva de desenvolvimento que afetam pelo menos quatro cidades. Trata-se da ausência de projetos, recursos e por fim da pavimentação das estradas que ligam Piên e Rio Negro e Quitandinha e Contenda. Esses dois trechos, se asfaltados, poderiam impulsionar novos negócios e investimentos.

O trecho entre Piên e Rio Negro, por exemplo, tem cerca de 45 quilômetros, mas é praticamente esquecido para quem precisa se deslocar de uma para outra cidade. Quem faz esse deslocamento prefere usar a BR 116, passando por Campo do Tenente, Quitandinha e Agudos do Sul, ou por Santa Catarina, passando por São Bento do Sul, Rio Negrinho e Mafra. Nessas duas opções são cerca de 80 quilômetros. A ligação por estrada de chão entre Quitandinha e Contenda é de cerca de 30 quilômetros, mas também pouco usada.

Existe perspectiva de que ambos os trechos sejam contemplados com pavimentação nos próximos anos? Não. É preciso ser realista. O Brasil sofre com infraestrutura rodoviária e cada vez mais repassa essa obrigação à iniciativa privada. Pensar que veremos a estrada entre Piên e Rio Negro asfaltada nos próximos 30 ou 50 anos é utopia. Alguns podem até achar exagero e pessimismo, mas vale considerar que nem mesmo os perímetros urbanos das nossas cidades estão completamente pavimentados.

Existe uma outra alternativa? Talvez, se os poderes públicos dessas cidades tivessem condições e recursos suficientes para realizar um grande trabalho de recuperação e manutenção desses trechos, incentivando o tráfego.

Mas é importante destacar que são estradas de responsabilidade estadual e as prefeituras já estão sobrecarregadas de obrigações anteriormente custeadas pelo Estado e a União. Portanto, é preciso iniciativa e interesse estadual, quem sabe dos parlamentares que lembram dos votos, mas esquecem de projetos importantes para a região.

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