O número de doações de sangue entre Natal e Ano Novo no Paraná superou as expectativas do Hemepar e garantiu a manutenção dos estoques em níveis seguros para suprir a demanda dos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde no Estado. Entre o dia 26 e 30 de dezembro foram feitas 3.284 coletas em toda hemorrede, mais de 650 doações diárias. No mesmo período de 2016, foram coletadas 2.886 bolsas de sangue.
“O paranaense é solidário e percebemos que grande parte das pessoas que doa sangue mantém essa rotina pelo menos duas vezes ao ano. Isso é essencial para que possamos garantir a retaguarda de atendimento a hospitais de urgência e emergência e no caso de transplantes, por exemplo. Agradecemos a cada doador pela disponibilidade em ajudar pessoas que nem mesmo conhece”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
Uma doação de sangue pode ajudar até quatro pessoas. Segundo o diretor do Hemepar, Paulo Hatschbach, geralmente o número de doações cai em épocas de feriado prolongado, mas essa situação tem mudado.
“Um dos desafios dos bancos de sangue é ampliar o número de doadores fidelizados, aqueles que doam a cada dois ou três meses. Felizmente no Paraná temos conseguido sensibilizar as pessoas para essa necessidade e o número de coletas neste final de ano mostra que temos muitos parceiros da doação de sangue”, disse o diretor, agradecendo a atitude de todos que frequentam as unidades da hemorrede em todo o Estado.
Demanda – O Hemepar é responsável pelo abastecimento de quase 90% do estoque de sangue da rede pública de saúde do Paraná. Fornece sangue e hemoderivados para 384 hospitais paranaenses. Para manter o estoque abastecido, são necessárias de 14 a 15 mil bolsas de sangue por mês, cerca de 700 a 800 por dia.
Anualmente, o número de doações tem crescido. Em 2016, foram coletadas 177.680 bolsas de sangue no Paraná e em 2017 houve crescimento de 6% nas doações, com 188.266 bolsas.
“Não há substituto para o sangue, por isso temos que manter nossos estoques em níveis seguros para garantir à rede assistencial o número de bolsas suficientes para atender a demanda”, reforçou Hatschbach. Além disso, o Hemepar atende 2135 pacientes portadores de coagulopatias e hemoglobinopatias, conhecidas como doenças do sangue, e que precisam de hemoderivados e/ou hemocomponentes para sobreviver.
No total, a hemorrede recebe mensalmente 17 mil candidatos à doação e, em média, 14 mil estão aptas a doar sangue. São feitos todos os meses 140 mil exames sorológicos, produzidos 35 mil hemocomponentes e 30 mil transfusões de sangue.
Saiba onde doar aqui. (http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=155)
Para doar sangue é preciso:
- Estar em boas condições de saúde.
- Estar descansado e alimentado (evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação);
- Ter entre 16 e 69 anos (menor de idade acompanhado pelo responsável legal);
- Pesar no mínimo 50kg;
- Apresentar documento oficial com foto (Carteira de Identidade, Carteira do Conselho Profissional, Carteira de Trabalho ou Passaporte)
- Impedimentos temporários para a doação:
- Gripe ou resfriado: aguardar 7 dias após a cura;
- Diarreia: aguardar 7 dias após a cura;
- Durante a gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana;
- Amamentação: se o parto ocorreu há menos de 12 meses;
- Ter tomado vacina há menos de 30 dias;
- Tatuagem nos últimos 12 meses;
- Piercing nos últimos 12 meses (piercing genital e oral, 12 meses após a retirada);
- Tratamento dentário: período varia de 1 a 7 dias;
- Situações nas quais houve maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses;
- Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
- Viagem para cidades endêmicas (que têm epidemia de dengue, zika,
chikungunya e febre amarela) nos últimos 30 dias. - Impedimentos definitivos para a doação
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatite B e C, AIDS (Vírus HIV), doenças associadas ao HTLV I/II e Doença de Chagas;
- Hepatite viral após os 10 anos de idade;
- Diabetes insulinodependente;
- Epilepsia ou convulsão;
- Hanseníase;
- Doença renal crônica;
- Antecedentes de neoplasias (Câncer);
- Antecedentes de acidente vascular cerebral (Derrame);
- Uso de drogas injetáveis ilícitas.
Fonte: AEN