Dinheiro de onde?

Essa promete ser uma eleição diferente, por vários aspectos, mas principalmente pela dificuldade de arrecadação financeira. Está proibida a doação de recursos por empresas, ou seja, não haverá dinheiro da iniciativa privada. Doação apenas de pessoa física. No entanto, essa doação por CPF também tem limite e será cruzada com a declaração do imposto de renda do doador.
De alguma forma, essa alteração na legislação eleitoral mexe com as campanhas e com a forma de prestação de contas. Como já escrevemos em outras oportunidades, tão importante quanto um bom candidato são bons departamentos contábeis e jurídicos na estrutura da campanha.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, fez um alerta nesta semana – quando foi divulgado os limites de gastos de campanha – sobre a possibilidade de crescimento do número de casos de caixa 2 nas eleições de 2016, uma vez que, em muitos municípios, os valores que poderão ser gastos serão bem menores do que no último pleito.
O limite de gasto para um candidato a vereador na maioria dos municípios da região foi fixado em 10,8 mil reais. Valor bem diferente do que se comenta nos bastidores sobre quanto chegam a gastar determinados candidatos. Como fiscalizar? O próprio TSE destaca que precisa da ajuda da sociedade e, sendo acionado, vai agir de forma imediata e severa.
Por enquanto é esperar pra ver quem vai doar e quanto irá doar.