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novembro
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2024

Delegada Maiara Kasmirski: a força da mulher na área da segurança pública

Maiara Kasmirski a delegada responsável pela delegacia da PCPR em Rio Negro. Foto: Arquivo/O Regional
Maiara Kasmirski a delegada responsável pela delegacia da PCPR em Rio Negro. Foto: Arquivo/O Regional
Liderando desde janeiro a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, que abrange ainda Campo do Tenente, Piên e Quitandinha, delegada destaca atuação da equipe visando coibir a criminalidade na região e a figura feminina no setor policial

Ao longo dos seus quase 30 anos de circulação, o Jornal O Regional já trouxe relatos de diversas lideranças que evidenciam a representatividade feminina nas mais variadas esferas de atuação, tanto na sociedade como dentro do ambiente familiar. Nesta semana, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, coincidentemente uma pauta reforçou ainda mais a presença da mulher, desta vez, na área da segurança pública.

A pergunta inicial prevista na pauta era: Por que optou por seguir carreira na polícia?. Se você está lendo essa matéria e imaginando quem é a figura a responder o questionamento, se prepare para ler e saber mais sobre a trajetória de Maiara Kasmirski, delegada da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Rio Negro. Primeira mulher a assumir o comando da instituição policial rio-negrense, Maiara está na função desde janeiro deste ano e tem a responsabilidade de atender ainda, junto com sua equipe, as cidades de Campo do Tenente, Piên e Quitandinha.

Maiara Kasmirski, delegada de Polícia Civil. Foto: Arquivo/O Regional
Maiara Kasmirski, delegada de Polícia Civil. Foto: Arquivo/O Regional

Natural de Massaranduba (SC), Maiara Kasmirski conta que o cargo de delegada sempre foi almejado e, para chegar a isso, houve muito preparo, estudo e dedicação. “Ser policial foi desde sempre meu plano A, não tinha um plano B e não tinha outra pretensão, sempre quis estudar para isso. Antes de ser delegada, estagiei durante quatro anos em gabinete de juiz para ver como era a realidade, e também trabalhei em banco privado, que me ajudou em relação a estatísticas. Passei no concurso para delegada em 2022 e fiz um curso de formação em Curitiba durante quase seis meses, assumindo efetivamente o cargo na cidade de Tibagi, e em 2 de janeiro de 2024 assumi a Delegacia em Rio Negro”, relata.

Segundo a delegada, a rotina à frente da Delegacia envolve grandes desafios e responsabilidades. “Tenho a rotina operacional, em que vou para a rua com a equipe, apuramos denúncias, averiguamos situações e cumprimos mandados. Existe também a função jurídica, em que faço portarias, relatórios finais, pedidos de busca e apreensão, pedidos de prisões. Tem o lado burocrático, que precisa dar andamento nos procedimentos, atender os prazos judiciários e prazos do Ministério Público. Tem o lado político, pois a gente precisa andar de mãos dadas com outros órgãos e instituições, atender a população em geral, entrevistas e palestras. A função é muita extensa e a gente não faz nada sozinho, e aqui trabalho com uma equipe muito boa e esperamos cada vez mais dar uma maior resposta à sociedade”, detalha.

A delegada enaltece a proximidade da Polícia Civil com a população. “Desde que cheguei aqui, e foi meu objetivo também na primeira lotação em Tibagi, é aproximar a população da Polícia Civil, explicar que as denúncias anônimas são muito importantes e o número 181 precisa ser divulgado. Rio Negro conta com outros municípios, que são Campo do Tenente, Piên e Quitandinha, são cerca de 80 mil pessoas e a delegacia tem 10 servidores, então, minha atuação depende também da participação da população. Quanto mais tiver apoio, mais denúncias chegarem, mais a atuação da Polícia Civil terá mais respostas”, entalece.

Apresentando estatísticas de seus dois meses à frente da Delegacia, com mais de 600 boletins registrados nas cidades atendidas, Maiara destaca ainda a parceria com outros órgãos de segurança, como Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, visando o bom andamento dos trabalhos policiais. “Quero manter esse apoio entre as forças de segurança, que é primordial. Os próximos passos que pretendo com minha equipe é investigar mais o crime de tráfico de drogas, porque é um ato causador, muitas vezes, de outros crimes, como furto, roubo e receptação, pois na maioria dos casos o usuário comete esses crimes para sustentar o vício. Então, o tráfico de drogas desencadeia muitos outros crimes, além de desmantelar famílias”, aponta.

Fazendo uma ponte com o Dia da Mulher, a delegada Maiara Kasmirski avalia que com ano após ano, as mulheres têm assumido funções que antes eram consideradas masculinas, principalmente pela força física. “Hoje, temos um trabalho muito complexo que independe da força. A força física não é requisito para alcançar resolução do crime e a resposta que a população quer. Aqui na Delegacia, temos cinco servidoras policiais civis e a sensibilidade que temos nos casos envolvendo mulheres, muitas vezes, não generalizando, os homens não têm essa sensibilidade. Eu como mulher, nunca me vitimizo, nunca acho dificuldades, eu acho soluções. Se estou no cargo, se eu escolhi esse cargo, entrego tudo e mais um pouco”, afirma a policial, incentivando que mais mulheres busquem aquilo que desejem. “Alguém que está passando por dificuldade no lar, reforço para contar com a Polícia Civil, pois o silêncio mata. Então, denuncie, venha até a Delegacia se estiver passando por alguma necessidade. E se você quer ser policial, quer ter uma profissão, não desista, a Polícia está aberta para receber todas as pessoas, é só estudar e se dedicar, que você pode estar aqui”, finaliza.



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