domingo, 12
 de 
janeiro
 de 
2025

Dar o peixe ou ensinar a pescar?

O título acima é um antigo ditado popular e que sempre está presente nos mais diversos debates e situações. Nesta edição do jornal, a matéria principal trata do programa Bolsa Família, criado pelo governo federal para auxiliar temporariamente famílias em situações de risco e sem renda, mas que ao longo da sua existência se tornou a única receita de muitas famílias e motivo de sobrevivência. Por outro lado, o Bolsa Família também é razão de muitas fraudes e de acomodação para quem recebe do benefício. Em tese, a inscrição no programa e o pagamento deveriam ser temporários até que o beneficiado recuperasse sua capacidade de renda. Em resumo, uma espécie de ajuda pontual.

A reportagem desta semana de O Regional mostra que, infelizmente, o número de famílias na região cadastradas no programa vem crescendo. Exemplo disso é que entre 2017 e 2018 o crescimento foi de 7%. Essa constatação contribui para que muitas outras questões sejam levantadas, sendo a principal delas a dificuldade e incapacidade das cidades em gerar novas oportunidades de emprego e renda.

O município que não vê reduzir o número de famílias beneficiadas por programas conhecidos como assistencialistas tem um grande problema pela frente. É sinal expressivo da crise e da contra-mão do desenvolvimento.

Obviamente que existe um papel importante do benefício junto à milhares de famílias em todo o Brasil. Inclusive, garantindo muitas vezes o único sustento na mesa para essas pessoas. Mas nenhum governo pode ser assistencialista o tempo todo e muito menos contribuir para que exista uma dependência contínua dos seus favorecidos. Invoca-se o velho ditado: “melhor dar o peixe ou ensinar a pescar”.

Por isso, mais uma vez as prefeituras têm papel fundamental neste processo. Precisa fiscalizar com muita responsabilidade quem realmente precisa do benefício e extinguir aqueles que não dependem mais. E deve trabalhar de forma contínua para reduzir a quantidade de famílias existentes no programa. Se tem uma coisa que nenhum governante deve se orgulhar é de ter dezenas ou centenas de famílias recebendo benefício do governo

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