Mesmo após mais de dois anos de obras, os moradores da região ainda não podem contar com a total liberação da duplicação da BR 116. A rodovia duplicada era uma antiga reivindicação da população da região que trafega até Curitiba, mas ela ainda depende de duas importantes intervenções.
A concessionária Autopista Planalto Sul foi a responsável pela duplicação entre Curitiba e Fazenda Rio Grande. Porém, a empresa mostra preocupação quanto aos cruzamentos das ruas Ângelo Burbello, no bairro Tatuquara, e Jorge Tortato, no Campo do Santana, na capital. São necessárias obras no local, mas elas são de responsabilidade do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).
Entre setembro e outubro do ano passado, a concessionária entregou à população alguns segmentos da duplicação. Segundo a autopista, foi assinado um convênio com a Comec e o Ippuc, em que está prevista a execução de uma trincheira na rua Vereador Ângelo Burbelo, no quilômetro 119, e um trevo em desnível nas proximidades da rua Jorge Tortato, no quilômetro 122.
Como o cronograma dessas obras é posterior ao final da duplicação, a concessionária executou provisoriamente dois retornos em nível, permitindo que os moradores dos bairros do entorno pudessem retornar em locais menos distantes da rodovia duplicada. O cruzamento foi sinalizado, mas ainda oferece riscos.
O projeto inicial da concessionária foi mudado por conta das intervenções da Comec e do Ippuc que fizeram alterações na sua proposta. Estes retornos em nível estão em fase de detalhamento do projeto executivo e em processo de contratação das obras e com término previsto para maio.
A grande preocupação da concessionária está no fato de nenhum dos dois órgãos sequer terem iniciado as obras. Enquanto isso, a duplicação até Fazenda Rio Grande está concluída, mas os trechos entre os cruzamentos da Ângelo Burbelo e Jorge Tortato continuam bloqueados.
Segundo dados da concessionária, de 2008 a 2013 foi registrado um total de 538 acidentes nestes dois locais. “Temos que analisar o que é melhor para o usuário. Nossa preocupação é com o bem estar do motorista, do pedestre e da nossa rodovia. Fizemos uma sinalização paliativa nos cruzamentos, que funciona, mas continuam a acontecer acidentes. Se não houver providência do órgãos responsáveis, o melhor seria fechar estes cruzamentos em prol da segurança de todos”, disse o diretor superintendente da Autopista Planalto Sul, Antônio Cesar Ribas Sass.
Quanto às obras da segunda etapa da duplicação, seguindo de Fazenda Rio Grande a Mandirituba, os trabalhos seguem em bom ritmo. A previsão é de que esta fase seja concluída em 2016.