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2024

Caso Loir e Genésio: mandado foi expedido e Gaúcho se apresenta

Momento em que Pedrini saía do fórum após ser interrogado durante o Júri
Mandado de prisão foi expedido na segunda-feira e, na mesma data, ele se apresentou na delegacia, acompanhado da família. Também já foi emitida carta precatória para o Rio Grande do Sul, onde está preso Amilton Padilha

 

Após a sentença proferida ao final do Júri na madrugada do último domingo (26), no processo que trata dos crimes cometidos em Piên em 2016 contra o então prefeito eleito Loir Dreveck e contra o técnico em segurança do trabalho Genésio de Almeida, foi expedido na segunda-feira (27) o mandado de prisão contra Orvandir Pedrini, o Gaúcho, tido como intermediário no caso. Ele foi condenado em regime fechado a pena de 36 anos.

Segundo a defesa dele, o mandado foi cumprido ainda na tarde de segunda. A informação é que Orvandir, juntamente com a família, foi na delegacia e se entregou a partir do momento em que foi comunicado da expedição do mandado de prisão. Ainda conforme a defesa, ele não escondeu sua indignação com o resultado a manteve a posição de que não mentiu nem omitiu. Agora ele deve seguir para o sistema penitenciário.

Também já foi emitida carta precatória para a Comarca de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para intimação do réu Amilton Padilha sobre o teor da sentença. Ele também foi condenado, apontado como executor, e a pena foi estabelecida em 48 anos de reclusão. Ele está preso desde a semana passada no Rio Grande do Sul, onde, foragido, foi encontrado enquanto o Júri estava em andamento.

O ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da câmara, Leonides Maahs, foram absolvidos pelo Tribunal do Júri. Na sentença, foram afastadas todas as medidas cautelares antes apontadas em relação a eles.

Advogados – A assistência de acusação da família Dreveck, representada pelos advogados Samir Mattar Assad, Werbevan Paes de Castro e Paulo Henrique Goncalves, disse que os familiares veem com serenidade a decisão do conselho de sentença que optou pela condenação de dois dos quatro acusados e que vai aguardar eventual recurso do Ministério Público para a tomada das medidas jurídicas cabíveis.

Daniel Gaspar e Eloi Dore, advogados da família de Genésio, emitiram a seguinte nota. “Após cinco intensos dias de debates, o corpo de jurados decidiu pela responsabilização criminal de dois dos quatro réus apontados pelas investigações sobre a morte dos senhores Genésio Amarildo e o prefeito eleito Loir Dreveck. A decisão é soberana em seus limites legais e esta assistência aguarda a interposição dos recursos cabíveis para que se chegue enfim a paz social”.

A defesa de Orvandir também emitiu nota dizendo que “após 6 dias de julgamento, o conselho de sentença, formado por 7 jurados, decidiu pela condenação do nosso cliente, sendo imposta a pena de 36 anos. Ocorre que a decisão do conselho de sentença foi totalmente contrária às provas existentes nos autos imputando ao nosso cliente ações que ele não praticou. O nosso cliente contribuiu com a investigação e com a ação penal, assumiu todos os seus atos de forma cristalina e em momento algum do julgamento se omitiu a assumir a sua responsabilidade, porém não pode ser condenado por atos praticados por terceiros. Assim sendo, a Defesa vai recorrer desta decisão que atribuiu uma pena exacerbada e incompatível com os atos praticados”.

A equipe deste jornal tentou contato com os advogados das demais partes, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.



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