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maio
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2024

Campanha da Fraternidade 2018 faz duras críticas à corrupção no país

Lançamento da campanha teve a presença da presidente do STF, ministra Carmen Lúcia. Foto: Divulgação/CNBB Foi lançada nesta semana pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a Campanha da Fraternidade 2018, com o tema ‘Fraternidade e Superação da Violência’. A entidade pretende ampliar o debate sobre as diversas formas de violência no país, principalmente contra classes menos favorecidas. Na apresentação da campanha, o presidente da entidade, cardeal Sérgio da Rocha, destacou que as maiores vítimas da violência são exatamente os grupos sociais mais vulneráveis.

O tema escolhido para este ano faz também forte crítica à corrupção que se instalou na política brasileira. Para a CNBB, a corrupção é uma prática direta de violência, e ela mata. “Ao desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os políticos acabam promovendo uma outra forma de violência contra o ser humano, a miséria”, acrescentou o cardeal.

O pároco da cidade de Piên, Thiago Zella Hoffmann, reforça o objetivo do tema escolhido e destaca a importância da ampla reflexão. “Temos muitos tipos de violência, que vai além do tráfico de drogas, da prostituição e do abuso sexual de menores. E um exemplo mais presente é a corrupção, que causa tanto mal. Além da violência contra a natureza”, pontua o padre. Segundo ele, a campanha tem o intuito de que cada cidadão busque e contribua na construção da paz. “Somos provocados a nos perguntar o que é necessário para que a paz aconteça? Precisamos construir um mundo novo e buscar o bem comum, mas essa mudança tem que começar por cada um de nós”, enfatiza.

Durante o lançamento da campanha, o cardeal Sérgio da Rocha relatou que a igreja católica está atuando de forma mais aberta na conscientização dos seus fiéis sobre o risco de eleger políticos que adotam discursos favoráveis ao uso da violência como forma de combate à violência. “Não vamos superar a violência recorrendo a mais violência”, disse.

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