Cultivo da planta tem impulsionado a economia e o turismo em Mandirituba. Com o reconhecimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), atestando a qualidade da camomila, Paraná chega a 14 produtos com IG
Considerada referência nacional, a camomila desidratada produzida em Mandirituba recebeu, nesta terça-feira (23), o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Esta foi a 14ª IG concedida a produtos do Paraná e a primeira publicada pelo instituto em todo o Brasil em 2024.
Concedido na modalidade de Indicação de Procedência, o selo atesta a qualidade e a tradição do produto cultivado em um determinado local, à Associação dos Produtores de Camomila de Mandirituba (Camandi). A cidade é tida como a capital nacional da camomila, sendo uma das principais produtoras da erva em todo o Brasil, de acordo com o Sebrae Paraná, que orientou o processo de concessão do selo de IG ao produto.
Ao receber o reconhecimento, o prefeito Luis Antônio Biscaia, destacou o orgulho para a cidade conquistar o selo. “Com uma satisfação muito grande, comemoramos essa importante conquista que é a identificação da nossa camomila, que vai abrir novos horizontes, novos negócios, vai estimular muito mais as caminhadas na natureza, vai incentivar mais produtores ao plantio, colheita e comercialização da nossa camomila no Brasil e no mundo inteiro”, afirmou o gestor, destacando o apoio de entidades durante o processo em busca do selo. “Parabéns a Camandi, cooperativa criada em Mandirituba, e agradeço a parceria com o Sebrae, que nos auxiliou a formalizar e a construir essa identificação geográfica”, finalizou.
Conforme informações do Sebrae, o pedido foi registrado no INPI em novembro de 2022. Além do trabalho do Sebrae e da Camandi, a prefeitura de Mandirituba também participou ativamente no processo. Em 2022, Mandirituba obteve o título de Capital da Camomila, por meio da Lei Estadual nº 21.126/2022, devido ao destaque produtivo na localidade.
A camomila produzida em Mandirituba, utilizada para chás, essências e produtos farmacêuticos, foi responsável por cerca de 30% de toda produção paranaense, com mais de 300 toneladas anuais colhidas, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Anualmente, a produção da planta gera cerca de R$ 5 milhões de faturamento bruto aos produtores da cidade.