Câmeras de segurança são realidade em poucos municípios da região

Com a pouca estrutura e o baixo efetivo policial, a segurança pública na região pode ter outro aliado no combate à criminalidade. São as câmeras de segurança. Porém, são poucas as cidades do suleste paranaense que possuem sistemas do tipo. Em alguns dos municípios onde isso é realidade, as câmeras já surtiram efeitos.
O município da Lapa está adiantado na região quando o assunto é instalação de câmeras de segurança. A partir de um acordo feito com uma empresa de internet, o poder público conseguiu a instalação de oito câmeras de monitoramento na área central da cidade. O acordo cede à empresa o uso de duas torres pertencentes à prefeitura, enquanto a empresa fez a instalação das câmeras sem custos para os cofres públicos, além de arcar com toda a manutenção.
Idealizador do projeto, o diretor de Informação, Denis Schmidt, conta que ter oito pontos fixos com câmeras equivale a ter oito policiais de vigilância, já que o monitoramento é feito pela Polícia Militar. “Com os equipamentos é possível fazer a identificação de carros possivelmente roubados e evitar as pichações em prédios públicos”, destaca. Outro projeto já está em fase de finalização, sendo esse mais amplo. “Queremos instalar mais câmeras na cidade, essas a custo da prefeitura, principalmente nas áreas em que há mais registros de crimes”, conta Schmidt.
Em Piên, a polícia local acredita que a instalação de câmeras irá contribuir muito para o combate ao crime. O Sargento Mario Alves Amaral, comandante do destacamento, diz que o uso das imagens das câmeras de vigilância já ajudou a resolver crimes em Rio Negro. “Hoje nossa ferramenta é o telefone e as patrulhas, que também nos auxiliam muito no combate e na solução de crimes”, reitera. O sargento lembra que a população contribui muito através das denúncias e que estão trabalhando junto com o poder público na questão da instalação das câmeras na cidade. No final do ano passado, a câmara de vereadores devolveu mais de R$ 250 mil para a instalação das câmeras, no entanto, o projeto ainda está em análise e não saiu do papel.
Na Fazenda Rio Grande, um dos maiores municípios da região, existe hoje em funcionamento 20 câmeras de monitoramento. Conseguidas através de recurso do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em 2010, na formação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), foi disponibilizado recurso do governo federal. Apesar de estarem ocorrendo alguns problemas técnicos devido ao tipo de sistema utilizado, as câmeras já estão surtindo efeito. “Duas semanas atrás estivemos em reunião com o GGI Sul e técnicos do governo federal, que atualizaram alguns dos aspectos do gabinete para nós e informaram que haverá novo recurso para a instalação de mais câmeras. Nós pretendemos, até o fim do ano, instalar mais 20 câmeras”, conta o secretário de Defesa Social e capitão aposentado da polícia militar, Glauber Antônio Brochado.
Segundo o secretário, só a presença das câmeras já inibe a ação dos meliantes. “Nosso objetivo é de fato fazer um sistema integrado com a Polícia Militar e Polícia Civil, ainda não o fizemos por falta de efetivo das duas”. A meta da pasta é dar uma resposta rápida às ações dos meliantes. O monitoramento na Fazenda é feito pela Guarda Civil.