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2025

Câmara de Tijucas votará processo que pode cassar o mandato do prefeito

Cesar se defende das acusações e diz que prefeitura tem tomado todas as medida cabíveis para corrigir as falhas. Foto: Arquivo/O RegionalO conturbado cenário político de Tijucas do Sul estará mais uma vez movimentado nos próximos dias. A câmara de vereadores irá votar na próxima terça-feira o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que pede a cassação do mandato do prefeito César Matucheski por atos de improbidade administrativa.

De acordo com o presidente da câmara de vereadores, Zé Antônio, o processo foi aberto no último mês de outubro pelo legislador Clodomir Rocha, após os servidores da Secretaria de Obras serem flagrados realizando a substituição de uma ponte em uma propriedade particular, na localidade de São João. “Quatro vereadores foram ao local e constataram os funcionários realizando o serviço com maquinário da prefeitura, inclusive, ingerindo bebida alcoólica em horário de serviço”, recorda Zé Antônio. Além desta denúncia, serão votados outros dois pedidos de cassação, um motivado pela falta de respostas aos requerimentos elaborados pelo legislativo e uma falsa informação quanto a realização de um serviço.

Ao longo dos últimos 90 dias, os edis responsáveis pela investigação ouviram os envolvidos, além da acusação e da defesa do prefeito. “A gravidade da denúncia revoltou a todos, ainda mais porque a ponte substituída não é de uma estrada municipal e sim utilizada para rally. Enquanto isso, a população pena sem muitos serviços básicos, como por exemplo, a manutenção das estradas e pontes”, destaca Zé Antônio.

O prefeito Cesar Matucheski lamentou estes impasses e reforça que a prefeitura prestou todos os esclarecimentos possíveis. “Eu não participei diretamente destas questões e, após serem registradas, adotei medidas para que haja correção das falhas, inclusive com afastamento de funções. Prezo pela transparência, por fazer as coisas certas, tendo em vista toda a dificuldade financeira que enfrentamos”, ressalta Matucheski, que se diz estar tranquilo quanto à votação dos processos. “Apresentei a defesa e as testemunhas relataram o que de fato aconteceu. Na denúncia referente à ponte, a prefeitura em outras gestões já fez este mesmo serviço, sendo um local utilizado por alguns moradores”, enfatizou.

A votação dos processos acontecerá na próxima terça-feira, às 18 horas, na câmara de vereadores. Para afastamento do prefeito, são necessários seis votos. Caso isso seja atingido, o vice-prefeito Romilson Batista assume a administração.

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