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2024

Brasil e Cuba vão encerrar a parceria no programa “Mais Médicos”

Profissionais do programa Mais Médicos prestam atendimento em regiões de interior ou mesmo em periferias em todo o país. Foto: Divulgação/ReproduçãoO governo de Cuba anunciou na última semana o rompimento com o Brasil no programa Mais Médicos, que foi lançado pelo governo federal em 2013. Em nota, o governo de Cuba justificou que a saída do programa se deu as ‘referências diretas, depreciativas e ameaçadoras’ feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil. A decisão foi comunicada à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e as prefeituras também já estão sendo notificadas.

Com esta medida, 8,5 mil médicos cubanos irão deixar o país até o dia 25 de dezembro, fazendo com que milhares de municípios brasileiros tenham ainda mais dificuldades no atendimento à saúde pública.

Para facilitar o acesso ao programa, os médicos cubanos não precisam passar pelo Revalida, que é uma avaliação feita no Brasil para identificar se o profissional tem ou não condições de exercer a função. Dentro do Mais Médicos, todo salário dos cubanos é custeado pelo governo brasileiro. São R$ 11.520,00, no entanto, o profissional fica com cerca de R$ 3 mil, sendo que o restante é depositado ao governo de Cuba. Este procedimento suscita polêmica desde o início do programa.

O presidente eleito Jair Bolsonaro divulgou em sua rede social que não é contra a presença nos cubanos no programa, mas defende que seja feito o Revalida e que todos tenham direito ao seu salário integral, além de poder trazer a família para o Brasil, algo proibido atualmente. Bolsonaro diz que continuar com o sistema atual é prosseguir com a exploração dos profissionais médicos por parte da ditadura cubana, que demonstra irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.

Reposição – O Ministério da Saúde iniciou na última quarta-feira as inscrições para essa nova seleção do programa Mais Médicos. O edital oferece 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que antes eram ocupadas por médicos cubanos e, nesta seletiva, podem participar os profissionais formados no Brasil ou com diploma estrangeiro revalidado. Até a manhã desta quinta-feira, a pasta já havia registrado 6.394 inscrições. As inscrições, que seriam encerradas às 23h59 do próximo domingo, foram prorrogadas para 7 de dezembro, conforme anúncio feito pelo Ministério.

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