Aumenta a formação e participação no plantio de cogumelo na região

O cultivo de cogumelos deixou de ser uma produção experimental em Tijucas do Sul, e agora é a fonte de renda principal de muitas famílias. A história do cultivo na cidade começou há 17 anos, porém, nos últimos três, o número de produtores subiu de forma expressiva, passando de 16 para quase 80 famílias, ultrapassando a marca de 25 toneladas produzidas por mês. Dois dos motivos para esse crescimento é o conhecimento adquirido através de incentivos e a facilidade de se manter a produção.
A Emater de Tijucas, sentindo a necessidade de uma capacitação específica para os produtores, conseguiu através da prefeitura, a contratação de um especialista da área para auxiliar no cultivo de cogumelos, o qual presta toda a assistência necessária. Com isso, as reuniões que eram mensais, passaram a ser quinzenais, atendendo a um pedido dos próprios produtores. Além da assistência, a prefeitura arca com os custos do transporte dos insumos.
Por demandar pouco espaço físico e uma estrutura relativamente simples, antigos produtores de tabaco e avicultores estão adaptando as granjas e estufas para a produção de cogumelos. “Um espaço de 40m² pode ser muito bem utilizado para esse cultivo, de onde uma família pode tirar seu sustento tranquilamente, até porque o retorno financeiro frente aos custos é muito bom”, destaca o técnico da Emater de Tijucas, Nivaldo Gomes. A maior parte da produção do município passa pela associação Coopertijucas, que processa o produto e vende sua maior parte para Santa Catarina.
Através do cultivo de cogumelos, surgiu em Tijucas a primeira cooperativa agrícola do município, que conta hoje com mais de 40 associados, não só produtores de cogumelos, mas de outros cultivos também.
A produção está crescendo e já contabiliza produtores de outras cidades. O casal Luis e Janete Staniski do bairro Diamante, em Mandirituba, participa assiduamente das reuniões em Tijucas. Nesta semana eles aprenderam a forma correta de limpeza e desinfecção do cogumelo com o holandês Bennie Berens. “Optamos pelo plantio deste fungo porque não exige muito serviço, temos o espaço que antes era para criar frango, adaptamos e começamos com o plantio de 250 sacos”, disse Janete.