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novembro
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2024

Audiência pública na Assembleia trata sobre uso desenfreado de cigarros eletrônicos

Audiência pública abordou sobre o uso de cigarro eletrônico. Foto: Orlando Kissner/Alep
Audiência pública abordou sobre o uso de cigarro eletrônico. Foto: Orlando Kissner/Alep
Evento apontou a necessidade de medidas urgentes para combater o consumo entre os jovens de cigarros eletrônicos, também conhecidos como  vapes, que são proibidos no Brasil e causam graves problemas de saúde

A adoção urgente de medida para combater o consumo desenfreado entre os jovens de cigarros eletrônicos – conhecidos como vapes ou pods, e reduzir ao máximo os efeitos desses produtos na saúde foi apontada de forma unânime entre os especialistas e representantes das áreas de educação, segurança pública, saúde, meio ambiente e do Poder Judiciário, que participaram na última quarta-feira (6) de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, para discutir esse cenário vivenciado hoje, principalmente, nas escolas paranaenses.

Os Dispositivos Eletrônicos de Fumar (DEFs), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn, estão proibidos no Paraná há mais de 14 anos. Porém, embora a comercialização seja proibida no Estado, e em todo o Brasil, desde 2009, os dispositivos eletrônicos para fumar podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais, e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

O deputado Evandro Araújo (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Pessoa com Deficiência e proponente do debate, destacou que, por serem ilegais, em muitas escolas públicas e privadas, esses dispositivos são apreendidos e os gestores escolares não sabem o que fazer. “Existem escolas com centenas de cigarros eletrônicos apreendidos. Temos um problema de saúde, de educação e ambiental, pois há também a questão do descarte correto desses produtos”, alertou Araújo, abordando ainda sobre os malefícios provocados na saúde desses jovens. “Queremos saber como enfrentar essa situação, especialmente, no ambiente escolar. Os estudantes acham que esses dispositivos são inofensivos por terem aromas, mas, na verdade, são ainda mais prejudiciais à saúde”, comentou.

Orientação e prevenção foram pontos reforçados e compartilhados pelos demais participantes presentes, que apresentaram suas experiências, deram depoimentos e defenderam que o melhor caminho para enfrentar e coibir esse cenário é uma atuação integrada. Participaram também do debate pais, alunos, especialistas e outras autoridades representando órgãos estaduais.

Neste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução proibindo a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico. O texto define os dispositivos eletrônicos para fumar como ‘produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar’.

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