Delegada da comarca de Rio Negro, Maiara Kasmirski, falou sobre o caso da mulher que foi presa em flagrante nesta sexta-feira (07) em Piên por falsa identidade e exercício irregular da medicina. Ela orienta que as pessoas atendidas pela suposta médica que se intitulava por Iara retornem ao local
Após a movimentação policial que ocorreu nesta sexta-feira (07), que envolveu o caso de uma mulher que trabalhava no Hospital Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora das Graças de Piên, ela foi presa em flagrante pelos crimes de falsa identidade e exercício irregular da medicina. A mulher foi posteriormente conduzida à Delegacia da Comarca de Rio Negro, a qual abrange Piên.
A delegada da comarca, Maiara Kasmirski, conta que a mulher foi presa após investigações preliminares da Polícia Civil, iniciadas após denúncia realizada no Disque 100. Ela se passava por médica no hospital local. “A suposta médica estava realizando atendimentos e realizando plantão há pelo menos 30 dias”, salienta a delegada.
O caso estava na pauta de serviço na data desta sexta-feira no hospital. Segundo a delegada, a suspeita tinha conhecimento da investigação pela Polícia Civil e já havia contato com os investigadores. Conforme a delegada, apesar da mulher ter assumido que estava de plantão nesta sexta-feira, no horário combinado para sua oitiva para conversa com os policiais, se evadiu do local, sendo encontrada na sua residência.
Maiara conta que então foi dada voz de prisão à mulher, sendo encaminhada para a Delegacia de Polícia. A delegada pede que os pacientes que foram atendidos pela pessoa que se intitulava por Iara S. A. B. se apresentem o mais breve possível ao hospital para novo atendimento. Este é o nome de uma médica verdadeira, que é de outro estado. A suposta médica, que não teve a identidade revelada, se intitulava com este nome. “A Polícia Civil reforça a importância das denúncias no trabalho policial”, destaca Maiara.
A prisão ocorreu pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar. Em nota, a prefeitura de Piên se manifestou sobre o caso. “A Prefeitura de Piên recebeu com perplexidade a notícia, e está acompanhando o caso e cobrando esclarecimentos junto a gerência da Santa Casa. Quando os fatos estiverem esclarecidos o município tomará as medidas cabíveis e irá com transparência comunicar para toda a população. Importante lembrar também que a gestão do hospital, bem como a contratação de profissionais, é de responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Curitiba”, informou.
A reportagem fez contato com o hospital para obter mais informações. A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, responsável pela unidade Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora das Graças – Piên, por meio de sua assessoria, emitiu nota sobre o tema. Segue abaixo o conteúdo da nota:
“A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, responsável pela unidade Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora das Graças – Piên, reforça que a profissional envolvida na denúncia não é colaboradora direta do hospital e atuava de forma terceirizada há cerca de três semanas na instituição. Reiteramos também que a Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora das Graças – Piên não compactua com qualquer desvio de conduta e sempre preza pela ética e integridade em seus serviços.
Para garantir total transparência e colaborar com as investigações, iniciamos uma sindicância interna para apurar os fatos. Estamos à disposição das autoridades e prestaremos toda a assistência necessária para esclarecer da melhor forma possível a situação.
Reafirmamos nosso compromisso com a qualidade e a transparência em nossos serviços, e continuaremos a trabalhar para oferecer a melhor assistência à comunidade”.