Por Gilson Santos – Diretor Presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Governo do Paraná (AMEP)
Todo mundo acompanhou na última semana a realização do leilão do Lote 1 das rodovias federais e estaduais no Paraná que serão entregues à iniciativa privada. O Governo do Estado, inclusive, comemorou muito o resultado, e não era pra menos, já que o desconto oferecido pelo consórcio vencedor foi superior às expectativas. Esse lote trata quase que especificamente de rodovias na região metropolitana e que, consequentemente, tem relação direta com a vida das nossas cidades. O investimento previsto é de R$ 7,9 bilhões, com obras na BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-423, PR-427 e PR-418.
Para detalhar o que tratam essas letras e números, vale destacar que teremos obras no Contorno Sul de Curitiba e nas estradas que cortam as cidades de Campo Largo, Lapa, Porto Amazonas, Balsa Nova, Araucária e Campo Magro. São duplicações, terceiras faixas, viadutos, pontes e trincheiras. Um total de 473,01 quilômetros de rodovias em obras.
Existem dois pontos importantes que chamam atenção nesses grandes pacotes de obras que vão acontecer no Paraná a partir dos próximos anos. O primeiro deles é o impacto expressivo da melhoria do tráfego para os veículos de passeio e de transporte de cargas, com mais segurança, rapidez e assistência.
Todos ganham com isso, a economia local que vê sua rentabilidade melhorar com uma logística mais facilitada, as cidades que ampliam suas perspectivas de investimentos, e principalmente o cidadão que se desloca nessas regiões.
É sabido por todos nós que muitos municípios possuem convênios entre si, principalmente na área de saúde, onde pacientes muitas vezes em regime de urgência precisam ser atendidos em um hospital de outra cidade.
Dependendo da condição das estradas e deslocamento o socorro a essas pessoas fica comprometido. Está aqui um exemplo real da importância dessas obras e o que elas podem garantir às vidas das pessoas.
Outro ponto que vale atenção e tem um significado extremamente positivo é a promoção de renda e mão-de-obra que serão gerados a partir da assinatura desses contratos. Profissionais da área de engenharia e construção civil já arriscam dizer que pela quantidade de postos de trabalhos a serem criados, haverá ausência de trabalhadores dessas áreas. Por outro lado, é um mundo de oportunidade para as mais diversas frentes, como comércio, rede hoteleira, e outros. Sem contar a valorização da região.
O governador do Estado, Ratinho Junior, tem sido enfático ao afirmar que o Paraná caminha para ter a melhor malha viária do Brasil e uma logística capaz de colocá-lo numa posição ainda mais privilegiada da América Latina. Para isso, além das obras de concessões, o governo estadual vive um momento de grande capacidade de investimentos e vem transformando demandas históricas na área de infraestrutura em cases de sucesso e entrega à população.
Na história recente do Paraná, pode-se dizer que o momento atual é transformador, com projetos e obras que vão produzir um legado que até agora não havia sido construído.