Nos próximos anos não está previsto nenhum milagre que ressuscite a economia nacional, recupere os empregos perdidos e melhore a renda da população. Serão pelo menos mais dois ou três anos de recessão e busca de equilíbrio. As grandes cidades sofrem mais, pois as consequências são maiores. As pequenas cidades também são afetadas, mas incrivelmente, possuem um poder maior de reação.
Falando especialmente da nossa região, sentimos sim perdas de postos de trabalhos, recuo de receitas, e ajustes nas pequenas e micro empresas. Mas levando em conta que boa parcela da população mantém sua atividade na agricultura, o reflexo é diferente dos municípios que são basicamente industrializados ou vivem da prestação de serviço.
Neste momento de transição econômica, é mais importante e crucial que as nossas cidades valorizem ainda mais suas vocações. Vale muito apostar no que se faz bem, buscando ampliar resultados, qualificação e excelência. O país passa por um momento que coloca qualquer tipo de aventura em cheque. Como assim? Não dá para trocar o certo pelo duvidoso, muito menos pelo desconhecido.
Estamos assistindo algumas cidades se sobressaindo na manutenção do emprego, renda e estabilidade econômica. Isso é possível quando o poder público, as entidades de classe – leia-se associações comerciais, agrícolas, sindicatos, cooperativas, universitários – iniciativa privada e lideranças se unem para debater, planejar e trabalhar em conjunto. É esse tipo de força conjunta de trabalho com foco no potencial local o principal responsável pelo caminho inverso à crise e à apatia.