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2024

Após fechamento de aviários, produção de morangos se fortalece

Silvio Galvan e Ademir Moleta reforçam os números obtidos com a produção e comercialização do morango. Foto: Arnaldo Alves/AENApós a falência de abatedouros e o fechamento de aviários, centenas de agricultores de Mandirituba contabilizaram prejuízos e dívidas. Buscando uma nova alternativa de renda, a Emater deu início à produção de morangos utilizando a própria estrutura dos aviários adaptados como estufas.

A atividade teve início há três anos e atualmente conta com 52 famílias, produzindo cerca de 300 mil quilos de morango por ano. “Utilizamos o processo semi-hidropônico, que consiste em bancadas elevadas com sistema de irrigação. As mudas são plantadas em sacos plásticos com substratos”, explica o extensionista da Emater, Silvio Galvan. A produção em estufa garante uma melhor rentabilidade. “Neste modelo, o produtor administra questões como temperatura, adubação e tem o manejo preventivo de pragas e de doenças. Além disso, como o plantio não acontece diretamente no solo, o agricultor não se preocupa com a rotação de cultura e utiliza uma quantidade muito pequena de agrotóxicos, beneficiando o meio ambiente, produtor e o consumidor final”, detalha Silvio.

A Emater realiza uma série de cursos e capacitações para que os agricultores possam ter melhores resultados. “Outro ponto que buscamos auxiliar é na comercialização, já que não adianta incentivar se não ter um local de venda garantido. Atualmente, vendemos toda a produção para uma rede de supermercados em Curitiba e para atender toda a demanda precisaríamos de ao menos 100 famílias produzindo. Também tivemos procura de compradores de Maringá e estamos estudando um projeto que envolva famílias na região”, conta Silvio.

Para iniciar a produção, o produtor teNelson e Adelaide, pais de Ademir Moleta, também ajudam na mão de obra do cultivo. Foto: Arnaldo Alves/AENm que investir na construção de uma estufa que custa em média R$ 74,00 o metro quadrado. “Calculamos que por metro quadrado sejam produzidos ao ano 11,4 quilos de morango, gerando uma receita de R$ 114,00. Em um ano de atividade, o agricultor paga o investimento”, estima Silvio. “O investimento inicial pode até ser elevado, mas este cultivo exige pouca mão de obra e os custos de produção são baixos”, salienta.

Um dos primeiros agricultores que iniciaram o cultivo no município foi Ademir Moleta. “Com a desativação dos aviários, meu prejuízo foi grande e precisava compensar de alguma forma, pois toda a renda da minha família se baseava na produção das granjas. Pesquisei sobre o morango em bancada e como poderia utilizar a estrutura da granja e busquei a Emater para conseguir mais informações sobre a técnica”, recorda Ademir, que inicialmente produzia 10 mil mudas, hoje está com 18 mil. “Minha renda é 60% maior do que quando criava frangos”, comparou.

Francisco Dubiela está satisfeito com a nova alternativa de renda. Foto: Arnaldo Alves/AENQuem também está satisfeito com os rendimentos é o produtor Francisco Dubiela, que iniciou o cultivo há dois anos. “A Emater sugeriu o cultivo do morango para utilizar a granja que estava parada. Desde então está dando certo. Vou pagar a primeira parcela do financiamento com o morango”, relata.

Os agricultores interessados em cultivar morango devem procurar maiores informações junto a Emater. Em Mandirituba, o órgão está implantando outros cultivos como pimentão e tomate.

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