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Apaes da região vencem desafios para manter atendimento aos alunos

Apae de Campo do Tenente realiza uma série de atividades com os seus 28 anos. Foto: Divulgação/Apae de Campo do TenenteNo ano de 2013 aconteceu um grande debate em todo o país em relação as Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Proposta do senador José Pimentel (PT-CE) ao novo Plano Nacional de Educação (PNE) previa o fim de repasse de recursos do governo federal para as Apaes e o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento ou superdotação na rede regular de ensino. A proposição foi duramente contrariada por especialistas, educadores e pais de alunos excepcionais. Muitos defenderam que, mesmo havendo boa vontade na educação pública regular, é injusto e inconsequente abrir mão do serviço prestado pelas Apaes.

A região suleste do Paraná é um bom exemplo da importância e do reconhecimento popular pelo atendimento realizado nas escolas especiais. Inclusive, ano após ano há um crescimento no número de matrículas. Nos dez municípios locais, atualmente são 786 pessoas atendidas, entre zero a 60 anos de idade. Se em 2016 haviam 724 inscritos, neste ano houve um aumento de 9% nos atendimentos.

A diretora da Escola Homero Grein, Rafaele Aparecida Casagrande de Lima, de Campo do Tenente, destaca que o trabalho desenvolvido na instituição vai muito além da socialização e aprendizagem, é uma doação diária de todos os profissionais, voluntários e dos próprios alunos. Ela conta a importância de ir além do currículo tradicional, oferecendo atividades ocupacionais como artesanato, horticultura, entre outros. A escola iniciou atendimento em Campo do Tenente no ano de 2012 e hoje atende 28 pessoas.

A escola especial de Agudos do Sul leva o nome de Israel de Camargo, uma homenagem ao jovem que frequentava a escola e tinha um amor imenso pelo local, mas que acabou falecendo. Já são muitos anos de atividades, desafios e conquistas. A escola quase ficou sem local de atendimento e graças a uma contribuição voluntária conseguiu adquirir uma sede própria. A pedagoga Katriane Kassia de Lima Camargo conta que a participação da comunidade e realização de eventos, são fundamentais para a manutenção do funcionamento, tendo em vista a escassez dos recursos públicos.

Uma das mais novas Apaes da região é na cidade de Piên. A diretora Elaine Zappe relata que vem havendo uma melhoria na infraestrutura e no atendimento aos alunos. “Percebemos a alegria deles quando chegam e durante toda permanência entre nós”, destaca.

Em Quitandinha e Mandirituba as Apaes são referência para todo o estado. A estrutura e serviço oferecido pela Apae de Quitandinha, onde são atendidos atualmente 71 alunos, é considerado um dos mais expressivos no Paraná, resultado de muita doação da direção e da comunidade local.

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