terça-feira, 21
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maio
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2024

Alimentos ficam mais caros e sobem valor da cesta básica na região

Lúcia relata que tem buscado alternativas para economizar na compra dos produtos. Foto: Arquivo/O RegionalAlguns produtos que compõem a alimentação diária das famílias sofreram altas de preços nos últimos meses e estão preocupando os consumidores a cada visita aos supermercados. Dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostraram que na grande Curitiba o preço do feijão e do leite apresentou um aumento de 13,83% e 15,19%, respectivamente, considerando os dois últimos meses.
A elevação nos preços é reflexo, entre outras coisas, das condições climáticas registradas no estado. Com as constantes chuvas e a série de geadas, a produtividade de muitos produtos foi afetada e, consequentemente, houve uma necessidade de alteração de preços, como no caso do feijão e leite.
De acordo com o veterinário Aparecido Passarelli, técnico da Emater no município da Lapa, as pastagens usadas para alimentar os animais foram prejudicadas e com isso as vacas produziram menos leite. Paralelamente, houve alta no preço do milho, dificultando a alimentação dos rebanhos. No caso do feijão, a geada castigou muitas plantações.
A dona de casa Lúcia Czonstka mora em uma chácara no município de Mandirituba e conta que já vem buscando alternativas para minimizar o custo da alimentação da família. “Leite que usamos em casa é o que conseguimos tirar da criação que temos e também estamos trabalhando com hortas e plantação de feijão. Qualquer família assalariada está enfrentando dificuldade neste momento de crise no país”, relatou Lúcia.
Levantamento – Há cinco anos, conforme pesquisado pela reportagem na época, um pacote de feijão preto de um quilo custava em média R$ 1,98, e uma caixa de leite integral de um litro custava R$ 1,69. Enquanto que o salário mínimo era de R$ 545. Atualmente o quilo de feijão custa R$ 5,99 e o litro de leite R$ 4,19. E o salário mínimo está em R$ 880.
Mensalmente, o Dieese estima o salário mínimo necessário para suprir as necessidades familiares, levando em conta a determinação constitucional que estabelece que o valor deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Considerando a cesta básica mais cara, que no último mês foi em São Paulo, o órgão apontou que o salário mínimo para uma família de quatro integrantes deveria chegar a R$ 3.940,24, o que equivale a 4,48 vezes a mais que o valor atual.

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