A manhã do último dia 13 foi de comoção e revolta em todo o país com o ataque a uma escola de São Paulo. Na ocasião, dois jovens invadiram a instituição de ensino e mataram oito pessoas, entre alunos e funcionários, cometendo suicídio em seguida. Este triste fato ligou o sinal de alerta para evitar novos registros e, nesta semana, um adolescente planejava realizar um atentado semelhante em um colégio de Fazenda Rio Grande.
Segundo a Guarda Municipal Escolar de Fazenda Rio Grande, foi recebida uma denúncia de que um adolescente, de 14 anos, criou um grupo no WhatsApp e postou mensagens que iria fazer um atentado no Colégio Cunha Pereira, no bairro Iguaçu. Os agentes foram até o local e, com apoio da Polícia Militar, abordaram o suspeito, que confessou ter a pretensão de cometer tal crime. “A vítima não teve contato com a mãe e estava depressiva, querendo chamar atenção. No entanto, aparentava estar seguro e convicto do que pretendia fazer”, detalha o guarda municipal, Marcio Vinicius Ferreira. O adolescente apresentou fotos das armas e havia dito que seu pai era militar.
Com estas informações, a equipe foi até a residência do menor e apreendeu uma série de armamentos, entre elas uma espingarda, cinco simulacros de pistola, três facas, espada, toucas, munições, celulares, colete e camiseta da Polícia Militar, entre outros objetos. “Havia até mesmo munição de uso restrito, como fuzil 762”, conta Ferreira. Com este flagrante, o menor foi apreendido e o seu pai foi preso, sendo ambos encaminhados para a Delegacia de Fazenda Rio Grande. “O responsável tinha conhecimento das armas, mas ficou pasmo com o que o filho planejava fazer. Por muito pouco uma tragédia sem precedentes não aconteceu”, ressalta. O menor disse aos policiais que as armas foram obtidas através de doação.
Diante desta ocorrência, as autoridades reforçam a necessidade dos pais estarem próximos dos filhos. “É fundamental os responsáveis terem o conhecimento do que os filhos estão procurando na internet, até mesmo os jogos a que tem acesso. O vínculo tem que ser o mais próximo e franco possível, haja visto o acesso fácil a armas e outras coisas ilícitas”, concluiu Ferreira.