sábado, 23
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novembro
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2024

A tendência da diminuição dos partidos

A próxima eleição será sem dúvidas um divisor de águas na política nacional. Em 2020, não serão permitidas as tradicionais coligações partidárias nas chapas proporcionais, ou seja, sem coligação para a disputa das vagas de vereadores. Com isso, acredita-se na redução considerável de siglas nas eleições municipais. Até agora era vantajoso por três, quatro ou até mais partidos na mesma cesta para fazer as distribuições convenientes de candidatos, atendendo interesses e manobrando dentro da perspectiva direcionada. Agora, isso deixa de ser possível porque cada sigla terá que compor chapa própria.

Até março do próximo ano estes desenhos já estarão expostos e será possível avaliar essa provável tendência de diminuição de partidos. Esse é um fato que pode se tornar um drama para muitos vereadores com mandato que até então mantinham uma sigla “embaixo do braço” para “negociar” a coligação no período das convenções com olhar clínico para o seu resultado pessoal. Agora de nada vai adiantar ter a tutela dos partidos se ele não possuir condição de alcançar o número mínimo de votos do quociente eleitoral.

Certamente, a eleição municipal de 2020 servirá de teste para o pleito nacional e estadual de 2022. Se funcionar bem, provavelmente esta regra será mantida, não permitindo as coligações proporcionais. Os deputados e senadores que têm o poder de mudar as regras no Congresso Nacional estarão atentos ao comportamento dos eleitores e, principalmente, ao resultado eleitoral em outubro próximo. Difícil avaliar por enquanto se o fim das coligações proporcionais no ano que vem vai favorecer disputas mais justas e qualificadas para as Câmaras Municipais e eventual processo de renovação. A certeza que já existe é que muitos dos mandatos já saíram de suas zonas de conforto.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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