A discussão sobre o pedágio

No ano de 2021 serão encerrados os atuais contratos de concessão do pedágio no Paraná. E esse é um assunto que tem ganhado grande espaço na agenda política do estado, já que muitos são contra a renovação dos contratos e outros defendem a continuidade da privatização das rodovias. Nos próximos quatro anos essa discussão vai se acentuar e o maior problema é que ninguém consegue avaliar com segurança qual o melhor caminho.
É fato que o valor cobrado nas praças de pedágio é abusivo. Quem circula pelas estradas da região sabe muito bem o quanto pesa no bolso pagar para trafegar entre uma cidade e outra. Quem trabalha com transporte de cargas reclama rotineiramente, e as perdas financeiras são cada vez maiores. Em resumo, o pedágio é caro, muito caro.
Por outro lado, vale reconhecer que a privatização das rodovias proporcionou uma reestruturação da malha viária que jamais seria vista se ainda estivessem no domínio do poder público. O pedágio trouxe melhorias na segurança e no fluxo, além de um pouquinho de receita para as prefeituras e empregos aos municípios envolvidos. Neste caso, não foi de todo ruim.
Por estas circunstâncias é que o assunto da prorrogação dos contratos do pedágio ganha essa proporção. Vive-se a máxima de que “nada é tão ruim que não possa piorar”. Ruim com o pedágio, pior sem ele? Como responder a isso? Existe uma certeza, o preço das tarifas precisa ser urgentemente revisto. Não são justos.
Nos próximos anos teremos grandes embates tratando da privatização das rodovias no Paraná. A população precisa ficar atenta e de alguma forma participar desse processo.