sexta-feira, 26
 de 
abril
 de 
2024

A cruzada do PSDB no Paraná

A eleição deste ano e todo o efeito Bolsonaro resultaram em muitas surpresas no cenário nacional e também no Paraná. A maior prova disso é o número expressivo de deputados eleitos pelo partido do futuro presidente que sequer estavam no roteiro da política. Na eleição estadual, além deste fato, outro que teve amplo destaque foi a decadência do PSDB paranaense. O partido, que já foi grande e cobiçado politicamente, saiu fragilizado do pleito eleitoral.

Os tucanos encolheram eleitoralmente e assistiram uma queda gigante do seu líder maior, o ex-governador Beto Richa (foto). Outro que caiu com tamanha força foi o ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. Outros nomes da sigla também ficaram pelo caminho.

Mas o pior não é nem o fracasso na eleição. A grande desgraça dos tucanos é o acúmulo de denúncias e processos que surgiram nos últimos anos e envolvem os principais nomes do partido no Paraná. Casos de corrupção que já resultaram em muitas prisões e que estão diariamente no noticiário.

Sabe-se que em 2020 estarão extintas as tradicionais coligações partidárias e até lá o cenário do PSDB paranaense poderá estar ainda pior. Ou seja, com tantas denúncias, prisões e delações, será bem difícil montar chapa proporcional e majoritária.

Há uma cruzada a ser enfrentada pelos tucanos no Paraná. Podem persistir na liderança de Beto Richa, amplamente arrolado em inúmeras denúncias, ou tentar formar um novo caminho com novas caras. De qualquer forma, as perdas são grandes e certamente serão ainda maiores.

Na região Suleste, candidatos a vereador e prefeito que tradicionalmente representavam o PSDB já estão procurando outros caminhos. Existe um temor que a onda Bolsonaro da eleição nacional respingue também no pleito municipal. Por isso, é bom não estar vinculado nem com a sombra da corrupção.

Só para se dar uma ideia, no Paraná, os tucanos estão envolvidos nos casos de corrupção com as empresas de pedágio, no desvio de recursos da construção de escolas, no superfaturamento na contratação de serviços de patrulhas rurais, na tentativa de fraude licitatória, entre outras. Na linguagem popular: “é pepino que não acaba mais”.

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