sexta-feira, 22
 de 
novembro
 de 
2024

A conta que não fecha

Nesta semana, assistimos longos debates sobre as propostas que tratam dos cortes de despesas nos estados brasileiros e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do governo federal que cria um limite para a expansão dos gastos públicos. Podemos afirmar que esses debates e iniciativas chegam tarde, por sinal, muito mais atrasados do que deveriam. O Brasil, em se tratando do poder público – em todas as esferas – é uma conta que não fecha.

A estrutura pública do país é extremamente cara, os privilégios dos detentores de poder e representantes políticos são exorbitantes, e a tributação nacional é a mais expressiva de todo planeta. Cortar e limitar gastos pode minimizar uma crise que vem se agigantando com o passar das décadas.

Nesta semana, a revista IstoÉ divulgou uma reportagem mostrando servidores públicos que ostentam supersalários e aposentadorias milionárias e custam ao país R$ 20 bilhões por ano. É o caso de uma dentista carioca que recebe mensalmente R$ 43 mil sem nunca ter trabalhado. Ela tem a remuneração por ser filha de um desembargador que morreu em 1982.

Trata-se de um exemplo de outros milhares de casos parecidos que comprometem e ameaçam o futuro das aposentadorias dos milhões de brasileiros que trabalham diariamente, de madrugada, de noite, com sol e chuva.

As medidas contra a corrupção também têm relação com esse processo de estancar o desperdício e mau uso do dinheiro público. O Brasil, de forma muito tardia, começa a abrir os olhos. Há ainda um longo trabalho a ser feito. São infinitos privilégios e uma necessidade tamanha de rever essa estrutura pública que se tornou um buraco sem fundo.

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