Se no passado as pessoas que trabalhavam em áreas administrativas tinham sua mesa, seu computador e sua sala em locais pré-estabelecidos, o conceito aberto mudou a concepção. Agora, em grandes companhias, a única coisa fixa é o laptop fornecido pela empresa, ademais, desde o home office, a liberdade em escolher, dentro da estrutura, o melhor local para se estabelecer, virou tendência.
Em São Paulo, por exemplo, uma grande empresa de cosméticos e perfumes aposta no conceito para que todas as áreas da companhia tenham maior integração. Seus prédios contam com espaços em que os colaboradores podem sentar e trabalhar, mas aí vem a pergunta: onde ele está?
Marcelo Lonzetti, Diretor da ztrax e especialista em RTLS, conta que esse conceito é bastante comum em países da Europa e chegou no Brasil com mais força no pós-pandemia, por isso, ainda passa por adaptação:
“No Brasil algumas empresas acabaram se antecipando e liberando espaços antes de adequar a tecnologia para isso. Nos países europeus as empresas contam com a ajuda do RTLS para saber exatamente a posição do funcionário ou equipamento quando este é necessário”.
A mesma tecnologia é utilizada em grandes indústrias e centros logísticos, em que há um grande número de funcionários, peças e equipamentos circulando e a sua localização só é possível com tecnologia:
“Quando lançamos o produto no mercado, era destinado para encontrar peças em indústrias automotivas, por exemplo, em que há perda de tempo em finalizar os automóveis por não saber a localização exata de determinado carro. Aos poucos fomos entendendo que isso não bastava. Era preciso, e possível, ter controle sobre todos os aspectos na linha de frente” finaliza Lonzetti.
Entre as aplicações da tecnologia estão a avaliação da produtividade individual de funcionários ou da cadeia produtiva de docas, por exemplo, o mesmo conceito usado para encontrar alguém dentro do escritório que pode ser aplicado no monitoramento de peças, tempo de ociosidade ou até mesmo na aplicação da Lei da Pausa Térmica.