Em um mercado de trabalho cada vez mais digitalizado, os candidatos que entendem como funcionam os algoritmos por trás dos processos seletivos podem ter uma vantagem competitiva, é que o que revela Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.
Hoje, parte das empresas de recrutamento já contam com a ajuda de sistemas de inteligência artificial (IA) para realizar a triagem inicial de currículos, filtrando perfis com base em palavras-chave, competências e aderência ao cargo para que em seguida o recrutador humano entrar em cena.
Esse movimento se assemelha ao funcionamento de redes sociais e mecanismos de busca, os perfis mais alinhados com os critérios definidos pela empresa têm maior chance de visibilidade:
“Assim como usamos estratégias para aumentar o alcance de um post no Instagram ou para aparecer nos primeiros resultados do Google, os candidatos precisam pensar estrategicamente ao montar seus currículos”, explica Pelanda.
A recomendação é que se incluam termos específicos relacionados à vaga almejada, como softwares, certificações e habilidades comportamentais valorizadas no setor, e também evitar informações genéricas. Além disso, plataformas como LinkedIn operam com algoritmos que favorecem perfis otimizados, com descrições claras, uso adequado de palavras-chave e atualizações frequentes:
“Hoje, ser encontrado é tão importante quanto buscar. O currículo e o perfil profissional precisam ser construídos com uma lógica de visibilidade digital. Diante desse novo cenário, o domínio de técnicas de SEO (Search Engine Optimization) voltadas à carreira ganha força, e cursos de qualificação digital passam a fazer parte do repertório desejado mesmo fora das áreas de tecnologia” finaliza a especialista.