terça-feira, 1
 de 
julho
 de 
2025

Somente 6% da Geração Z não quer cargos de chefia mas sim qualidade de vida e propósito

Foto: Envato/Divulgação

Um dado tem acendido o alerta nas áreas de RH: apenas 6% dos trabalhadores da Geração Z afirma que sua principal ambição profissional é ocupar cargos de liderança. O número, revelado pela 14ª edição da pesquisa global da Deloitte com mais de 23 mil entrevistados de 44 países, indica uma mudança profunda no comportamento das novas gerações no mercado de trabalho.

Para Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, o dado é um sinal claro de que as empresas precisam se adaptar com urgência:

“O jovem profissional não quer só subir na carreira, ele quer qualidade de vida, propósito e um plano de desenvolvimento constante. As empresas que não entenderem isso vão perder os melhores talentos para o concorrente”, afirma.

A pesquisa aponta ainda que 70% da Gen Z investe em aprendizado de novas habilidades semanalmente, sendo que boa parte desse esforço é feito fora do horário de expediente. Ao mesmo tempo, mais de 48% não se sentem financeiramente seguros, e mais da metade vive de salário em salário.

Esse cenário explica, de acordo com a especialista, por que tantos jovens estão buscando empregos paralelos ou optando por empresas que ofereçam benefícios mais flexíveis e possibilidade real de crescimento pessoal e não apenas vertical.

Segundo Pelanda, os fatores fundamentais para atrair e reter profissionais das gerações mais jovens são o propósito claro e valores alinhados, Investimento contínuo em aprendizado além de flexibilidade e bem-estar mental:

“Cerca de 44% da Geração Z já pediu demissão de cargos que não ofereciam um senso de propósito. Não dá mais para empresas ignorarem o impacto social e ambiental da sua atuação. Esses profissionais valorizam ambientes onde possam aprender constantemente. Longas jornadas e ambientes tóxicos estão entre os principais fatores de estresse. Flexibilizar horários e formar lideranças como foco no humano é um diferencial competitivo, finaliza Karina.

Outros dados que chamam a atenção segundo a pesquisa são que 31% da Gen Z pretende trocar de emprego nos próximos dois anos, 86% consideram soft skills essenciais para o crescimento na carreira e 63% têm medo de que a inteligência artificial elimine empregos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Email