Corpo de Bombeiros alerta que além de prejuízos ao meio ambiente, danificando fauna e flora, incêndios em vegetação podem afetar residências, veículos e causar danos à saúde humana. Prática também é considerada crime ambiental
Com o período de clima seco, aliado a temperaturas elevadas e sem chuvas, o cenário de queimadas em vegetação tem colocado todo o país em alerta. São registros diários do fogo consumindo biomas principalmente na região amazônica, além da fumaça que se espalha por diversos estados brasileiros.
Na região, apesar de ocorrências de baixa gravidade, vêm sendo frequentes os atendimentos por meio das equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil no combate aos incêndios em áreas de mata. A situação, em vários casos, começa com uma pequena limpeza em terrenos, utilizando fogo para queimar lixos, folhas e galhos, que acaba se propagando de forma intensa e faz com que a pessoa perca o controle.
O Sargento do Corpo de Bombeiros de Piên, Joel Dutka, explica que aspectos climáticos do período do ano associados com a ação humana têm desencadeado vários focos de incêndios na cidade e em municípios vizinhos. “O primeiro fator que podemos considerar é a época do ano, logo após as primeiras geadas e vegetação mais seca, somando a umidade do ar mais baixa, temperaturas mais elevadas e a velocidade do vento, resultando em um cenário favorável para incêndios em vegetação”, aponta Dutka, enaltecendo que os incêndios ameaçam a fauna, flora e a saúde. “Além de destruir toda a parte de flora, atinge também a fauna, com animais mortos. Quando esse fogo sai do controle, pode afetar residências e veículos, e prejudicar a saúde das pessoas pela poluição do ar”, complementa.
Segundo o Sargento, no cenário atual são atendidas em média quatro ocorrências ao dia de queimada em vegetação. “Nossa principal preocupação neste período é que nossa equipe se desloca para lugares muito afastados e isso pode prejudicar o atendimento de situações mais emergenciais que ocorram na rodovia ou nos bairros, por exemplo. Além da pessoa que coloca fogo causar prejuízos para a biodiversidade, podendo afetar patrimônios, pode impedir o atendimento de uma situação que realmente precise do Corpo de Bombeiros”, alerta.
Dutka ainda reforça que a população tem um papel crucial na prevenção a este tipo de ocorrência. “A ideia é que se evitem queimadas nesta época, principalmente naqueles dias em que a umidade estiver muito baixa, temperatura elevada e vento. E caso as pessoas presenciem alguma situação deste tipo, que orientem e conscientizem que é uma prática que pode gerar danos na biodiversidade e materiais. Também é bom lembrar que colocar fogo em vegetação configura como crime. Então, na medida do possível, nossas equipes buscam identificar os causadores e encaminhamos para as autoridades policiais para que tomem as providências”, finaliza.
Em caso de incêndios, além do acionamento do Corpo de Bombeiros, a recomendação para controle do fogo é o uso de água e abafadores (se não houver o equipamento correto, pode-se usar galhos verdes), e a confecção de aceiros, que são faixas ao longo das áreas de vegetação e que funcionam como barreiras naturais para impedir que o fogo se propague.