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novembro
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2024

Compagas anuncia investimentos e entra na cadeia do biometano

Autoridades participaram do anúncio dos investimentos de R$ 505 milhões da Compagas, que contemplam também a cidade da Lapa. Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Autoridades participaram do anúncio dos investimentos de R$ 505 milhões da Compagas, que contemplam também a cidade da Lapa. Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Companhia Paranaense de Gás (Compagas) vai investir o montante de R$ 505 milhões nos próximos cinco anos, entre 2024 a 2029. O plano de investimentos contempla ações e projetos para expansão da atuação da companhia para outras regiões do Estado, em especial para os municípios de Londrina, Maringá e Lapa

Um plano de investimentos da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), com montante previsto de R$ 505 milhões para os próximos cinco anos (2024-2029) foi anunciado pelo governador Ratinho Junior na última segunda-feira (24). A iniciativa contempla ações e projetos para expansão da atuação da companhia para outras regiões do Estado, em especial para os municípios de Londrina, Maringá e Lapa, a inserção do biometano na rede de gás canalizado e o desenvolvimento de corredores sustentáveis com abastecimento via gás natural e biometano.

Conforme o anúncio, os investimentos integram o novo contrato de concessão da Compagas, que passa a valer a partir do mês de julho e que define metas para o aumento da oferta de gás natural e biometano e o atendimento de novas regiões no Paraná para os próximos 30 anos. Do montante total, R$ 108 milhões abrangem a extensão de 52 quilômetros ligando Araucária a Lapa, atendendo um eixo agroindustrial do Estado e, em especial, a fábrica do Grupo Potencial Biodiesel.

Na oportunidade, o governador enalteceu que o Paraná o maior gerador de energia renovável do Brasil e pode se transformar na Arábia Saudita do biogás e biometano. “Temos um potencial muito grande na geração, que é feita através dos dejetos de animais e biomassa vegetal, como do setor sucroalcooleiro”, explicou Ratinho Junior, falando sobre os avanços com os projetos. “Estamos organizando todo o ecossistema para a geração de biogás e biometano no Paraná. Tanto na parte tributária e fiscal da cadeia como na infraestrutura de produção e escoamento, criando um novo corredor de desenvolvimento”.

Maior produtor de proteína animal do Brasil, o Paraná também sai na frente na geração de biogás e biometano. Levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), indica que o Estado tem 426 plantas instaladas, 67% de todas as usinas da região Sul.

O CEO Rafael Lamastra Junior explicou que um dos planos da Compagas é chegar a 15% da participação do biometano no volume de distribuição da companhia até 2026. “Estamos muito entusiasmados com o anúncio que fizemos hoje. Acreditamos que este novo investimento fará com que o Paraná avance ainda mais no segmento de energia e infraestrutura”, afirmou Lamastra, apontando o olhar sustentável que a Companhia tem para ações ambientais. “O gás natural continua sendo uma fonte importante, mas a inclusão do biometano traz uma pegada mais sustentável para atender as demandas ambientais e dos nossos clientes e também as metas de ESG da empresa. O Paraná lidera o potencial produtivo de biogás no Sul do País. Precisamos aproveitar o potencial paranaense em geração de biometano para tornarmos o Estado mais sustentável e com menos emissões, como mais uma alternativa para a descarbonização da matriz energética”, disse.

Araucária e Lapa – Com um valor previsto de R$ 108 milhões para a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre os municípios de Araucária e Lapa, a expectativa é finalizar as obras e iniciar o fornecimento de gás canalizado para o Grupo Potencial Biodiesel em 2026.

O o vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt, detalhou ações que a empresa já vem adotando para o desenvolvimento da região. “O Grupo Potencial vem fazendo grandes investimentos na cidade da Lapa, com a implantação de uma esmagadora de soja que demanda um uso maior de gás. Para isso, teremos uma ‘caldeira flex’, que pode utilizar biomassa ou qualquer tipo de gás, como o biometano”, disse.

Além do gasoduto, também foi assinado um termo de compromisso entre o governo do Estado e a Potencial para a implantação de dois dutos de biocombustível entre Araucária e Lapa. O investimento da empresa no empreendimento será de cerca de R$ 200 milhões.

Um dos dutos será destinado para o transporte de biodiesel e óleo de soja, enquanto o outro atuará de maneira versátil, de acordo com os projetos do grupo. A estrutura terá aproximadamente 50 quilômetros de comprimento, interligando as bases de distribuição dos combustíveis de Araucária à Lapa. A planta da Potencial de biodiesel é a maior do Brasil e uma das cinco maiores do mundo, produzindo cerca de 900 milhões de litros ao ano.



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