Protocolo assegurou o reajuste de 8%, de forma linear, na tabela de preço da variedade Virgínia
Entidades representativas dos fumicultores assinaram, nesta semana, pelo terceiro no consecutivo, acordo com a empresa JTI. Após a segunda reunião de negociação, o protocolo assegurou o reajuste de 8%, de forma linear, na tabela de preço do Virgínia, para a safra 2023/2024, com o valor do quilo do BO1 passando para R$ 22,46. Com o acordo, o fumicultor terá um ganho real de 2,94%.
Já para a variedade Burley, houve acordo de um reajuste de 6,56%, não linear. Com a proposta, o produtor recebe um ganho real de 8,33% e o valor do B1 do Burley passa a ser de R$ 20,01.
Os representantes das entidades avaliam que a empresa JTI é a que mantém a tabela com os preços mais altos pagos aos seus produtores integrados. “Para nós, entidades, a assinatura do protocolo com a JTI mostra que a empresa vem valorizando o seu produtor integrado. São três safras seguidas que as partes chegam num acordo que estabelece um preço mínimo, em tabela, e isso é muito importante”, enfatizam.
As reuniões subsequentes, com seis empresas, não lograram êxito. A proposta da representação, para cada empresa, é a variação do custo de produção mais cinco pontos percentuais.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piên, Agnaldo Martins, os fumicultores, preocupados com produtividade do tabaco nesta safra, afetada pelas condições climáticas, esperam que as negociações com as demais empresas avancem. “Vamos aguardar a nova rodada de negociação e torcer que as demais empresas apresentem uma proposta melhor, que cubra o custo de produção e ainda dê um pouco mais de ganho ao agricultor, que precisa porque está ficando difícil trabalhar na cultura do tabaco”, afirmou.
A nova rodada de negociação com as empresas está prevista acontecer no dia 25 de janeiro.