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novembro
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2024

Quitandinhense leva o amor pela cidade natal ao Qatar

Bruno leva a bandeira de Quitandinha para os jogos da Copa do Mundo no Qatar. Foto: Arquivo pessoal
Bruno leva a bandeira de Quitandinha para os jogos da Copa do Mundo no Qatar. Foto: Arquivo pessoal
Bruno Santos mora há quatro anos no país e vem acompanhando os jogos da Copa do Mundo, levando o nome e a bandeira de Quitandinha aos estádios

Os olhos de todo o mundo estão voltados ao Qatar, país que está sediando a Copa do Mundo da Fifa. Desde o último dia 20, o clima de euforia e muita torcida agita milhares de torcedores de diversos países, sejam torcendo pelas seleções participantes do mundial ou prestigiando o maior evento esportivo de futebol.

O Brasil, é claro, não está de fora de toda essa movimentação.

Brasileiros estão levando as cores do país e de diversas cidades, fortalecendo a trajetória da seleção canarinho na busca pelo sexto título da competição.

Uma das presenças nos estádios é de Bruno Santos, que mora no Qatar há quatro anos, para onde leva todo seu amor e carinho por Quitandinha, sua cidade natal. “Aos 13 anos, saí de Quitandinha para jogar futebol, então já deixei minha casa muito novo, me mudei para Curitiba, porque naquele momento eu jogava na categoria de base do Coritiba e ali foi a primeira experiência que tive fora de casa. Claro, estava perto de Quitandinha, mas com 13 anos morava longe de casa e dos pais. Sempre que posso estou em Quitandinha, minhas férias inteiras passo no município. É a cidade de amo, que procuro ajudar a se desenvolver da melhor maneira possível e onde vou carrego o nome e a bandeira de Quitandinha”, conta.

Santos conta que a oportunidade de ir para o Qatar surgiu em 2019, com uma proposta de trabalhar com o futebol catari. “Por iniciativa própria, jamais teria me passado pela cabeça morar no Qatar, mas em 2019 eu estava trabalhando no Athletico Paranaense e o Qatar estava procurando profissionais ao redor do mundo com o perfil parecido com o meu, que não fosse tão velho, que tivesse uma boa experiência, que estivesse em uma grande equipe, que falasse inglês e tivesse boa formação. Então, um empresário me recomendou para uma pessoa que estava a cargo da coordenação do projeto de desenvolvimento do futebol no Qatar e, a partir disso, entraram em contato comigo e fizeram o convite, o qual aceitei. Hoje, já estou na quarta temporada aqui no Qatar e tem sido uma experiência muito boa e para ter chegado até aqui foi graças ao Athletico que me ajudou a dar esse impulso. Atualmente, trabalho para o Ministério dos Esportes, para o governo, que me direciona a uma equipe, onde fico a cargo da preparação de goleiros e também como coordenador metodológico da preparação de goleiros nesse clube. Hoje, o governo me direciona a uma equipe chama Al-Arabi Sports Club, que uma das mais antigas e vitoriosas equipes do Qatar”, detalha.

No início, segundo Santos, as questões socioculturais pesaram na adaptação, por se tratar de um país com costumes totalmente diferentes ao Brasil, levando praticamente um ano. “Lembro que no início, tinha muita vontade de voltar embora. Já havia morado no exterior, em Portugal, na Espanha, na Polônia e nos Estados Unidos, só que nenhum país foi tão difícil a adaptação como no Qatar. Hoje, há praticamente quatro anos por aqui, estou completamente adaptado com a questão cultural, dos costumes e da religião islâmica, que tem influência muito forte, desde o horário dos treinos, as leis do país, tudo é regido pela religião”, aponta o quitandinhense, elencando o que mais sente falta da cidade natal.  “Família, porque hoje moro sozinho, sinto falta do calor humano que temos no Brasil e, principalmente, em Quitandinha, além da comida brasileira, do arroz e feijão”, afirma.

Para Bruno Santos, acompanhar os jogos do mundial tem sido uma experiência muito especial. “Quando cheguei no Qatar, em 2019, os estádios ainda não estavam prontos e alguns eu vi surgir praticamente do zero, como o Lusail Stadium, que vai receber a final da Copa. O clima no país está muito positivo e acredito que isso vai mudar completamente a mentalidade das pessoas locais, que estarão muito mais abertas e receptivas ao povo estrangeiros e isso vai contribuir culturalmente com o Qatar. A torcida brasileira está em peso e o pessoal está curtindo muito. Aqui tem muitas pessoas de países como Índia, Bangladesh, Nepal, e que estão apoiando o Brasil ou Argentina, mas a maioria é para a seleção brasileira. Está uma energia muito positiva para o Brasil”, finaliza.

Trajetória no futebol – Além do Coritiba, Bruno Santos teve passagens como atleta pelas equipes do Joinville, Brasil de Pelotas e Boavista (Portugal), além de trajetória como treinador nos  Estados Unidos na equipe do Miami United, depois Avaí de Santa Catarina, Athletico Paranaense, e quando foi para o Qatar, em 2019, ficou por dois anos no Umm Salal SC e hoje está no Al-Arabi Sports Club.

Ainda, obteve a formação em educação física, mestrado em rendimento esportivo e segue atuando como treinador de goleiros.

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