Sobre recurso contra a decisão do Júri do caso Loir e Genésio, advogado Nilton Ribeiro de Souza disse que não há nenhuma nulidade a ser sanada e que a decisão dos jurados é soberana
Como noticiado anteriormente, o Ministério Público do Paraná, através da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Negro, entrou com um recurso em desfavor a decisão do Tribunal do Júri. O julgamento ocorreu entre os dias 21 e 26 de junho no Fórum de Rio Negro.
Na ocasião, o ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Leonides Maahs, foram absolvidos. Até então, eles eram acusados em um suposto envolvimento nos assassinatos do prefeito eleito no ano de 2016, Loir Dreveck, e do técnico de segurança do trabalho, Genésio Almeida.
O recurso apresentado pelo Ministério Público, através do promotor Juliano da Silva, argumenta que a pena decretada a Amilton Padilha e Orvardir Pedrini, foi menor do que deveria ser julgado. O promotor também apresentou um Recurso de Apelação, solicitando a reabertura do prazo para uma nova apresentação das razões que justificam o apelo. Segundo o promotor, a decisão do Conselho de Sentença foi contrária às provas contidas nos autos.
Histórico – Amilton Padilha, apontado como autor dos disparos, foi condenado a 48 anos de prisão. Orvandir Pedrini, o Gaúcho, a 36 anos. As defesas de ambos também já apresentaram petição de interposição de recurso.
O caso segue ao juiz do fórum de Rio Negro, que pode ou não acatar o apelo. Caso isso ocorra, caberá ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidir. Todas as partes envolvidas podem ainda recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
O advogado Nilton Ribeiro de Souza, da defesa do ex-presidente da câmara Leonides Maahs, falou sobre o recurso do Ministério Público. “O recurso não será provido, pois não há nenhuma nulidade a ser sanada e a decisão dos jurados é soberana”, declarou o advogado.
Confira também o que disse o advogado Claudio Dalledone Junior, da defesa de Gilberto Dranka, em reportagem anterior: clique aqui